terça-feira, 29 de outubro de 2019

10 Filmes Para Desafiar o Sistema e Inspirar a Rebelião


“O sistema é f***!” - Nascimento, Roberto (Tropa de Elite 2)
O sistema, ou o status quo reinante, não importa seu pretenso viés político, ideológico ou teológico, tem sido ao longo dos séculos a ferramenta de domínio e subjugação do homem fazendo o crer que ele não pode ser mais do que aquilo que dizem, ou que sem o sistema ele jamais será nada.
Ferramenta de controle usada hora suavemente, hora brutalmente, desde os primeiros lampejos de consciência para manter os privilégios de poucos, à custa do sofrimento de muitos, estabelecendo regras à base mentiras para manter uma pretensa ordem, desde o seio familiar até as mais altas esferas governamentais.


Olá gente!
Acredito que vocês devem estar estranhando esta introdução, não é?
Então... Tive a ideia desta lista após assistir e ler um monte de resenhas que considero equivocadas sobre o filme “Coringa” que resenhei aqui.
Baseado no conceito bem simples que “rebelião” e “revolta” são ações distintas, pois na primeira existe uma razão, um “norte” que justifique as ações, estabeleci esta lista... Então vamos lá!
10 Filmes para desafiar o sistema e inspirar a rebelião!

10 – Rogue One - Uma História Star Wars – Não importa o quanto a trilogia mais recente de Guerra nas Estrelas seja um brutal erro. A ideia por trás de Rogue One, o spin off que conta como os rebeldes conseguiram se apoderar dos planos de Estrela da Morte, mostra que não foram os Cavaleiros Jedi que de fato correram os riscos para salvar a galáxia. Foi gente comum que por diferentes razões, em nome da liberdade foi capaz de feitos extraordinários.


09 – A Lenda de Billie Jean – Este filme pode numa olhada mais descompromissada, até parecer um inocente “clássico da Sessão da Tarde”. Mas se formos reparar bem, é possível se enxergar o quanto alguns estereótipos que o sistema cria, podem favorecer um lado a mais que o outro, e como este mesmo sistema pode tentar tirar lucro até de quem a princípio se coloca contra ele. A história de Billie Jean Davy que é acusada injustamente de algo que não fez, e se torna símbolo de uma juventude que ao mesmo que cria um círculo de proteção em torno de sua heroína, não se furta em consumir produtos com seu rosto vendidos por quem a persegue.


08 – Sociedade dos Poetas Mortos – A escola é maior ferramenta de modelação do indivíduo que o status quo reinante possui. Por vezes jogando uns indivíduos com os outros em estúpidas competições para se manter como instituição. Pois isto os prepararão para serem líderes e blá blá blá. O tema em si, não chega a ser novidade, mas a forma como este filme coloca o poder de um professor que põe seus alunos acima do sistema, é aqui explorado de forma excepcional.


07 – Rambo - First Blood – O sistema costuma a usar aquilo que você tem de melhor para proveito próprio, e quando não precisa mais te descarta, e quando falha ainda coloca a culpa em alguém ou algo para fugir de sua responsabilidade. Rambo é um excelente exemplo disto. E ótimo em mostrar a forma como os representantes do sistema se consideram muitas vezes senhores da razão, subestimando todos os demais.


06 – Lágrimas do Sol – Por várias vezes, vocês que acompanham aqui o blog repararam em algumas críticas que teci sobre o “politicamente correto”, certo? Mas e quando o correto é simplesmente isto, o correto? E quando o sistema te diz que em nome dele você não deve fazer o que é correto? Este é o ponto enfrentado pelo coronel dos SEALS, A.K Waters (Bruce Willis) e seu grupo.


05 – O Preço do Desafio – O sistema te vende uma ideia. A ideia de vencedor, a ideia de líder. Aí você luta para conseguir seus objetivos mesmo contra todas as probabilidades do meio em que vive e o prejulgamento que fazem de você. E então quando você consegue, se dá conta que aqueles que dominam o sistema não querem mais ninguém ali para dividir o “bolo”, e farão de tudo para descredibilizar sua conquista. Aqui temos outro exemplo de professor que coloca o indivíduo acima do sistema, mas aqui o buraco é mais embaixo, pois o contra-ataque do sistema é mais sujo.


04 – Uma Família Em Pé de Guerra – Um bom exemplo do que citei na introdução deste artigo que rebelião não é revolta, além de mexer com a questão abordada em Rambo, sobre os agentes do sistema que se julgam acima dos demais. Apesar do título em português sugerir uma comédia, este filme passa bem longe disto. Depois de salvar uma garota de programa da agressão de seu cafetão que era também auxiliar do xerife local, o sargento Zack Carey (James Garner), vê o filho (C. Thomas Howell) ser preso pelo xerife sob uma falsa acusação de posse de drogas como forma de vingança. Vendo que não conseguiria jamais um julgamento justo para o filho ali, Zack, feliz proprietário de um tanque Sherman da época da Guerra da Coreia, resolve desafiar o sistema para resgatar o filho, e levá-lo para a real justiça, denunciando os abusos do xerife.


03 – V de Vingança – Baseado na HQ de Alan Moore e David Loyd, este filme a despeito de seus momentos de ação, mostra como o sistema usa dos medos, egoísmos e orgulhos das pessoas comuns para controlá-las. E que ideias só podem ser combatidas por ideias, ainda que as armas possam ser necessárias as vezes.


02 – Equilibrium – Ainda que possa parecer uma obra clichê, e muito similar ao próprio “V de Vingança”, sobre uma sociedade totalitária que usa a paz como uma arma para controlar, este filme é diferente pelo estopim, o gatilho, que faz o personagem de Christian Bale passar a questionar o status quo a sua volta, mesmo com várias outras provas antes expostas de que aquilo que defendia estava errado. Um gatilho de quatro patas e com cauda.



01 – Comboio – Se comparado com os outros filmes de Sam Peckinpah, Comboio pode ser considerado uma matinê. Mas de forma quase ímpar mostra um pouco de quase tudo que foi dito aqui nesta lista. No filme, um comboio de caminhoneiros que passa a ser perseguido por um xerife corrupto, Lyle (Ernest Borgnine), vai recebendo as adesões de cada vez mais participantes ao grupo. Até que começam a serem tratados pela mídia como celebridades, ao mesmo tempo em que políticos tentam se aproveitar da fama do grupo, e de seu não declarado líder, Pato de Borracha (Kris Kristofferson). Além disto, ainda é capaz de mostrar que a rebelião não é pretexto para vingança, na cena em que os caminhoneiros vão resgatar, um amigo, Mike Aranha, que tinha sido brutalmente espancado ao ser preso a mando de Lyle por outro xerife, mas o isenta da responsabilidade no espancamento. Uma obra que permanece atual.


 

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