terça-feira, 23 de abril de 2024

Os 10 Melhores Filmes de Arnold Schawarzenegger

           Tempos atrás aqui no blog, foi feita uma lista com aqueles que na humilde opinião deste escriba seriam os “10 Melhores Filmes de Sylvester Stallone”.

E ficou meio que obvio que cedo ou tarde, o mesmo deveria ser feito com Arnold Schwarzenegger... Pois bem...aí vem eles!



10 – Rota de Fuga


E olha ele aqui de novo! O filme que de fato realizou o encontro tão esperado de Sylvester Stallone e Arnoldão! E que já tinha figurado na lista dos “Os 10 Melhores Filmes de Sylvester Stallone”.

 

09 – Irmãos Gêmeos

No começo dos anos 1990, Schwarzenegger já tinha se estabelecido como o maior astro do cinema daquele momento. Só que antevendo um possível cansaço provocado por sua imagem em filmes de ação, quando ninguém esperava, resolveu partir para a comédia. Sem medo de servir de “escada” para o ótimo Danny Devito que de fato é o responsável pela maioria dos momentos engraçados, e sob a direção de Ivan Reitman (Os Caça Fantamas), foi muito mais feliz na área do “fazer rir” que seu então rival Stallone.

 

08 – O Exterminador do Futuro 2


Apesar de já ter protagonizado o bom “Conan O Destruidor”, era sabido por Hollywood que Schwarzenegger detestava fazer sequências. Porém, quando James Cameron sugeriu uma continuação para o clássico “O Exterminador do Futuro”, o austríaco não pensou duas vezes em voltar ao papel do robô T-800.

 

07 – Predador


Estreia do diretor John McTiernan (Duro de Matar), além de abrir uma nova franquia cinematográfica, que é explorada até hoje, este clássico, e de suas cenas de ação, nos permitiu ver pela primeira vez Arnoldão sendo a caça, ao invés de caçador.



 06 – O Vingador do Futuro (Total Recall)


Com a direção do holandês Paul Verhoven, que vinha pra lá hypado pelo seu sucesso com Robocop, esta espécie de “Intriga Internacional” de ficção científica, nos transporta numa montanha russa de perguntas, enquanto somos instigados em alguns até em questionar se oque ocorria com o protagonista estava realmente acontecendo. De quebra ainda nos traz Sharon Stone em seus estágios iniciais da fama.



 

05 – Conan O Bárbaro


A primeira adaptação em live action da criação do escritor Robert Howard. O filme que abriu as portas de Hollywood para Arnold Schwarzenegger. Ainda que não tenha sido aquele que o tornou, a despeito da opinião dos fãs, estrela do cinema, por ser um filme que é maior que seu protagonista, mas tornou a imagem do austríaco inseparável da imagem do cimério.



04 – O Último Grande Herói

Este é um caso totalmente a parte aqui nesta lista. Uma das maiores injustiças da história do cinema. Mais uma vez dirigido por John McTiernan, Schwarzenegger ousou sonhar que poderia tirar sarro com a cara de Hollywood e que ficaria por isto mesmo.

A despeito de sua atribulada produção (que ninguém aliás na época fazia ideia), e até de ter tido o roteiro reescrito, “O Último Grande Herói” mal foi lançado sofreu com uma enxurrada de críticas injustificadas e bizarras. Mas o que ficou foi um dos filmes mais inteligentes da história, que além de brincar com praticamente todos os clichês de todos os gêneros, é um baita exercício de metalinguagem como poucas vezes foi visto.


03 – Comando Para Matar


Nem vou ficar aqui me estendendo em muitos comentários sobre este filme, que este humilde escriba sempre chama de “clássico do exagero”, já que já foi realizado todo um artigo sobre ele que pode ser conferido no link abaixo.

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Comando Para Matar

O filme com o qual Arnold fincou seu nome de vez no panteão dos grandes astros do cinema. E que mais que qualquer um estabeleceu o conceito de “exercito de um homem só”.

 

02 – O Exterminador do Futuro

Após ter sido design de produção do clássico B “Mercenários das Galáxias” e ter cometido o desgracento “Piranhas 2 Assassinas Voadoras”, James Cameron com o dinheiro de um lanche em fast food, realizou um dos melhores exercícios de ficção até hoje da história do cinema. E o papel do robô T-800 que viaja no tempo para matar a mãe do líder da resistência humana contra as máquinas caiu como uma luva, para um ainda pétreo Arnold.

 

01 – O Sobrevivente

Pensa num exercício de futurologia que deu certo (infelizmente).

E não, não falo de Robocop.

Baseado no livro escrito por Stephen King sob o pseudônimo de Richard Bachman em 1982, e dirigido por Paul Michael Glazer, o Starsky do seriado “Starsky & Hutch”, este filme não apenas entrega ótimas cenas de ação, mas é sobretudo um exercício de como a mídia pode funcionar como ferramenta de controle das massas, as dessensibilizando ao ponto de achar que pessoas que corriam para salvar a própria vida poderia ser algo banal e corriqueiro, ao mesmo tempo que mostra a relação incestuosa desta mídia com um governo totalitário, e escarnificando a bestialidade dos famigerados reality shows bem antes de virarem o monstro que se tornaram anos depois.



 

 

domingo, 24 de março de 2024

10 Temas de Encerramento de Seriados

 

De maneira geral, quando pensamos em temas musicais de seriados, não importa se em live action ou em animação, o que nos vem à mente sempre são os icônicos temas de abertura.

Mas e os temas de encerramento?

Sim! Porque eles existem, e ainda que nem sempre lembrados, muitos marcaram época.

Por isto vamos “rememorar” alguns deles, com apenas uma única regra, de terem passado na tevê aberta aqui em Terra Brasilis.

Então aí vem eles...



 

10 – Ginga Ookami (Jaspion)





09 – O Tempo (Yu Yu Hakusho)





08 – Shooting Star (Cybercops - Os Policiais do Futuro)





07 – Geração dos Sonhos (Yu Yu Hakusho)





06 – Keep on Rolling (Jayce e os Guerreiros do Espaço)





05 – Rangers are Forever (Galaxy Rangers)





04 – The Parting (Patrulha Estelar 3 A Crise do Sol)





03 – Amor à Deriva (Yu Yu Hakusho)





02 – Quando o sol Brilhar Novamente/ A Carta (Yu Yu Hakusho)





01 – The Lonely Man (O Incrível Hulk)





segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Quando a Ficção é Ficção dentro da Ficção!

 

Referências, easter-eggs e citações não são nenhuma novidade seja lá qual mídia apareçam. Mas, e quando esta citação, seja em imagem ou diálogo mostra personagens e obras de ficção como ficção em outras obras de ficção?

        Parece confuso? Então siga este artigo e veja alguns dos maiores “fic-easter-eggs” que já aconteceram...

Só avisando antes, que citações provenientes de sitcons não serão consideradas aqui, afinal tais obras por si só usam deste gancho narrativo de maneira contumaz e até mesmo aguarda por quem as assisti, e que “crossovers” malucos também não serão citados pois afinal isto aqui é...


  Quando a Ficção é Ficção dentro da Ficção!

 

Cobra Kai e Águia de Aço:

No seriado Cobra Kai citações aos anos 1980 (a década que se recusa a acabar) são feitas sempre. Contudo, no segundo episódio da primeira temporada, temos a cena que dá o “start” para que de fato tudo comece a acontecer. Sem dinheiro, desiludido com a vida e com todos, Johnny Lawrence (William Zabka) acorda durante a madrugada com uma ressaca daquelas, mas eis que está passando na tevê o clássico “Águia de Aço”, e justamente na parte do discurso motivacional que o Coronel Chappy Sinclair (Louis Gosset Jr.) deixa gravado para Doug Masters (Jason Gedrick).


 

B13-13º Distrito e Por Amor:

No filme francês 13º Distrito (não confundir com a cópia estadunidense protagonizada por Paul Walker), há uma cena em que dois seguranças de uma das facções criminosas que dominam o citado distrito do título, estão assistindo ao último capítulo da novela “Por Amor” (Sim! Acabamos de citar uma novela neste blog). E tão atentos ao que acontecia no capítulo final, deixam a facção rival entrar no prédio.

 

O Pequeno Vampiro e Patrulha Estelar:


No filme infantil, que também é conhecido por “O Meu Melhor Amigo é um Vampiro”, incansavelmente reprisado nas tardes brazucas pelo SBT, há no quarto do protagonista um pôster nipônico de “Final Yamato”, o longa-metragem que foi durante vários anos o capítulo final da saga. Lembrando que o ator da foto, René Auberjonois, foi a voz de Sandor/Sanada na versão estadunidense do Yamato.



 X-Men e Patrulha Estelar:


E por falar em pôster do Yamato na parede, num quadrinho de Ucanny X-Men Nº145 de 1981, é possível ver no quarto de Bobby, o Homem de Gelo, um pôster do “Space Cruiser Yamato” como era chamado na época em terras de Tio Sam a saga do Uchuu Senkan Yamato.



Bubblegum Crisis e Thundercats:


No primeiro episódio do clássico anime Bubblegum Crisis, num determinado momento em que vários aspectos da então futurística Mega-Tokyo são mostrados, podemos ver o rosto de Panthro dos Thundercats num telão.



 Batman O Cavaleiro das Trevas e Homem-Aranha 3:


Esta sei que muitos já conhecem, mas não poderia deixar de citá-la. Pois logo na abertura do clássico “Batman O Cavaleiro das Trevas” na cena em que o Coringa de Heath Ledger é mostrado de costas, há um cinema ao fundo, e neste cinema, um cartaz de “Homem-Aranha 3”.



 X-Men Apocalypse e O Retorno de Jedi:


X-Men Apocalypse teve uma cena que não saiu em seu corte final na totalidade, na qual os jovens mutantes resolvem dar um “rolê” pelo shopping, fazendo coisas que os jovens fazem. E só o finalzinho desta sequência entrou neste corte, quando o grupo sai de um cinema no qual estava em cartaz “O Retorno de Jedi”, enquanto Jubileu tece suas considerações como conhecedora da sétima-arte sobre o filme e seu antecessor, “O Império Contra-Ataca”.



 Eternos e Superman... e Alfred Pennyworth!:

No filme “Eternos” da Marvel Studios há um citação ao Superman, quando o filho de Phastos confunde Ikaris com o herói da DC Comics. Sobre esta cena e diálogo, a diretora do filme, Chloé Zhao disse:

"Eu me responsabilizo por esse diálogo"


E continuou:

"Acho que estamos no ramo de contar histórias mitológicas, e o Superman é uma figura mitológica. Então achei que poderíamos brincar, fazer um tributo a esse outro herói icônico, que amamos tanto. Quem não ama o Superman e o Batman?”

Estranhou a citação ao Batman feita por Chloé, a diretora de Eternos?

Pois é, mas esta realmente existe de forma indireta, pois o citado na verdade é seu fiel mordomo, Alfred Pennyworth, num diálogo no qual Karun, o “valete humano” de Kingo, é descrito como o “Alfred de seu Batman”

 

Os Incríveis 2 e Jonny Quest:


Declaradamente fã da clássica animação da Hanna-Barbera, o diretor Brad Bird, inseriu na sequência de “Os Incríveis” uma cena na qual está passando na tevê a saga clássica criada por Doug Wildey em 1964.



 O Gigante de Ferro e Superman:


Esta com certeza você conhece! E mais uma vez temos Brad Bird nos brindando com uma baita referência. Talvez seja o caso mais clássico da citação de uma obra de ficção em outra obra, quando Hogart mostra ao Gigante de Ferro o clássico Nº1 da Action Comics com o Superman na capa.


E mais que uma citação, a explicação que o garoto dá sobre o personagem e sua índole, se tornam fundamentais para o desfecho da trama mais a frente.



 

 

domingo, 28 de janeiro de 2024

Christopher Lee – A Jornada de uma Lenda!

 

Neste blog já foram realizados alguns artigos contandoa história de ícones da cultura pop. John Williams, Leiji Matsumoto, Michael Reaves, entre outros, já estiveram por aqui...

Mas ainda havia um nome, uma lenda. O cara que testemunhou mais eventos históricos que a Rainha Elizabeth II, e que até o fim de sua passagem por este plano se manteve ativo nas artes, as vezes de formas que até parte de seus fãs pouco ou nada imaginam.

Então os convido a embarcar numa das maiores jornadas da humanidade, a vida do ícone Christopher Lee!

Christopher Frank Carandini Lee, nasceu 22 de maio de 1922, no distrito de Belgravia, Londres. Filho de Geofrey Trollope Lee (um oficial do exército britânico), com Estelle Marie Carandini (uma condessa italiana), desde o nascimento, pela sua árvore genealógica pode ser descrito como um indivíduo de “caráter histórico”, pois era descendente direto do imperador Carlos Magno por parte de mãe, e do general confederado Robert E. Lee por parte de pai.

Ainda criança conheceu o príncipe Yusopov e o Grão-Duque Dimtri Pavlovich, os assassinos do monge Rasputin, papel que mais tarde desempenharia. E aos dezessete anos testemunhou a última execução pública pela guilhotina na França.

Acha que está bom? Calma, pois a Segunda Guerra Mundial chegou, que como muitos outros jovens Lee ingressou nas forças armadas de seu país para lutar. E seus feitos durante o conflito por si só já dariam um filme, ou vários.

Por um pequeno problema de visão não pode se tornar piloto, mas ainda assim, se tornou oficial de inteligência da “Patrulha do Deserto de Longo Alcance”, a percursora do famoso SAS (Special Air Services). Lutando contra os nazistas no norte da África, onde chegava a realizar até cinco missões num único dia.

O jovem Lee durante a Segunda Guerra Mundial

Durante esta época também esteve na retomada da Sicília, impediu com extrema psicologia um motim entre suas tropas, e no tempo livre escalou o Monte Vesúvio apenas três dias antes deste entrar em erupção.

Diante disto tudo, Christopher Lee foi recrutado para o chamado “Serviço Executivo de Operações Especiais”, um departamento secreto, ligado diretamente ao gabinete do Primeiro Ministro Winston Churchill, e que foi o embrião para a criação posterior do MI-6, o serviço secreto britânico, sendo que após o conflito ainda passou um tempo caçando nazistas.

E se lembram da árvore genealógica de Lee? Pois então...

Christopher tinha um primo, que após passagem pela marinha também durante a guerra, sonhava em ser escritor.

Seu nome? Ian Fleming!

Ian Fleming era primo de Christopher Lee

Sim, Christopher Lee e Ian Fleming, o criador de James Bond, eram primos em primeiro grau. E sim, é plenamente plausível se afirmar que a vida do ator durante a guerra e seus feitos foram a grande inspiração para a criação do espião mais famoso do mundo.

Como o vilão Scaramamga

Papel para o qual inclusive o primo fez campanha para que fosse seu, mas o perfil de Christopher já atrelado na época a filmes de terror, acabou fazendo o papel cair no colo de Sean Connery. O que lógico, não impediu o ator de anos mais tarde como todos sabemos, participar da franquia como o vilão Scaramanga em “007 contra o Homem com a Pistola de Ouro”.

Ah! E sabem os filmes de terror citados?

Christopher Lee se tornou um verdadeiro sinônimo deles!

Obvio que você que está lendo, tem conhecimento do talvez mais lembrado papel da carreira do ator como o Conde Drácula nos filmes da produtora Hammer.

Mas seu portfólio de terror também inclui outras produções do gênero como “A Múmia” e “O Monstro de Frankstein”, além do controverso, censurado e quase banido “The Wicker Man” de 1973.

No controverso "The Wicker Man"

Um portfólio que fez Lee fazer parte do triunvirato do terror junto com seus amigos, Peter Cushing e Vincent Price.

Lee, Cushing e Price - O Trio do Terror

Lee e Cushing chegaram a trabalhar juntos várias outras vezes, como em “O Cão dos Baskerville” e em “ O Monstro de Frankstein”, mas os três trabalharam juntos apenas uma vez, em 1983 no filme “A Mansão da Meia-Noite”.

Sua presença e as representações que dava aos personagens que interpretava eram tão marcantes que ao interpretar Rochefort, o chefe da guarda do Cardeal Richelieu, na versão de “Os Três Mosqueteiros” de 1973, incorporou ao personagem o uso de um tapa-olho.

Como Rochefort em "Os Três Mosqueteiros"

 E ainda que tal característica não tenha sido descrita no livro de Alexandre Dumas, esta ficou tão marcante que nenhuma outra representação posterior ousou mudá-la.

Durante quase toda a década de 1980, Christopher Lee passou procurando desvencilhar sua imagem aos filmes de terror, fazendo papéis secundários em geral de vilões, como no clássico B “Ajuste de Contas” (ou Olho por Olho”) protagonizado por Chuck Norris.

Mas também tendo pequenas participações, até em produções televisivas, como na minissérie “Sadat O Guerrilheiro da Paz” na qual faz o Xá do Irã, Reza Pahlavi, ou no filme “Charles & Diana” onde interpreta o príncipe Phillip, o pai de Charles.

E lógico não poderia de forma alguma deixar de mencionar aqui sua sensacional participação em “Gremlins 2 A Nova Geração” (1990) no qual faz um geneticista, chefe de um laboratório, num papel que satiriza de forma genial os papéis que interpretou nos antigos filmes de terror da Hammer.

E tal toada de trabalho permaneceu assim durante todos os anos 1990, parecendo que Lee estava fadado a seguir o rumo de outros atores de sua geração. Ainda que seja desta época, mais precisamente 1998, o papel que Lee declarava ter tido mais orgulho de fazer, que foi o de Muhammad Ali Jinah, o fundador do Paquistão.

Um filme que jamais foi distribuído em circuito internacional, mas para o qual o ator tinha grande afeto e que lamentava não ser de conhecimento do grande público, declarando o seguinte:

“Em 1997… passei 10 semanas no Paquistão com atores indianos, com atores britânicos, com atores paquistaneses e interpretei um homem chamado Muhammad Ali Jinnah. Ele foi o fundador do Paquistão, um homem de grande visão. Incorruptível, grande integridade, um homem brilhante, amigo de Gandhi, ambos eram advogados.”

Lee considerava sua atuação como Jinnah o melhor de sua carreira

E continuava seu relato:

“Eu o interpretei neste filme e sei que é a melhor coisa que já fiz, de longe. É um filme muito bom e todos nele são muito bons, e é verdadeiro também. É historicamente preciso e foi muito bem recebido no Paquistão. Os cinemas ficaram lotados todas as noites, todos os dias durante três meses.”

Com o novo século, o cara que foi a inspiração para James Bond, que foi o Drácula mais icônico do cinema, interpretou personagens históricos como Rasputin, falava seis idiomas, e era cantor de ópera nas horas vagas, foi chamado para participar daquilo que até por razões pessoais seria para ele um papel marcante.

Me refiro a trilogia de “ O Senhor dos Anéis”, na qual Lee interpretou o mago Saruman. E que para o ator tinha um significado especial, pois além de ser um fã de longa data da saga (dizem que a relia ao menos uma vez ao ano), conheceu pessoalmente seu autor, J.R.R Tolkien.

Conheceu J.R.R. Tolkien

Um encontro que segundo reza a lenda urbana, ocorreu por mera casualidade quando se encontraram em pub londrino. Mas que rendeu boas horas de conversa, e a benção de Tolkien para que caso um dia fossem fazer uma versão cinematográfica de sua obra, Lee estivesse nela.

Com Peter Jackson nos bastidores de Senhor dos Anéis

Ainda no que diz respeito a “Senhor dos Anéis”, houve uma passagem na qual o diretor Peter Jackson tentava orientar Lee na cena em que Saruman seria esfaqueado em “O Retorno Do Rei” (cena que aliás só saiu depois na versão estendida e fez o ator ficar furioso com isto).

Jackson procurava instruir sobre o som que uma pessoa faz quando leva uma facada, mas Lee o interrompeu, e mesmo sendo extremamente reservado no que dizia respeito aos seus tempos de comando na Segunda Guerra, afirmou que sabia muito bem o som que uma pessoa fazia ao ser esfaqueada.

Foi o Lord Dooku na saga Star Wars

E não posso deixar de citar a passagem de Christopher Lee pela franquia “Star Wars” na qual ele interpretou o Lord Sith, Conde Dooku. Arriscar-me-ia inclusive afirmar que seu talento e presença foi absurdamente subestimado, e que seu personagem com certeza com participação mais relevante teria elevado o nível da coisa toda bem mais.

Com Ewan McGregor nos bastidores de "O Ataque dos Clones"

Mas acredito que o feito mais impensável de Christopher Lee foi realizado fora de campos de batalha ou estúdios de cinema, e tudo começa no ano de 2004.

Há versões um pouco conflitantes da web de como tudo se deu, mas a que é mais aceita é de que uma sobrinha-neta de Lee que era fotógrafa e trabalhava para uma revista de rock, foi fazer um trabalho fotografando um show da banda italiana de power metal Rhapsody of Fire (que na época ainda se chamava só Rhapsody). Depois nos bastidores conversando com a banda revelou de quem era parente.

Com o Rhapsody, a porta de entrada para o heavy metal

Pronto! Estava aceso o estopim, para uma incrível parceria, e mais um feito na vida de Sir Christopher Lee!

Pois Luca Turilli, guitarrista e líder da banda, não perdeu tempo em pedir para fazer contato com o ator, que se mostrou bastante interessado na proposta, e o resultado foi uma parceria do ator em cinco álbuns da banda italiana, não apenas narrando, como fazendo um dueto com o cantor Fabio Lione na música “Magic of Wizard’s Dream”.

E você acha que o headbanger Lee parou por aí? Que nada!

Em 2010 ampliando suas participações, esteve no álbum dos norte-americanos do Manowar, “Battle of Hymns XXI”.

Lee fez dois álbuns próprios de power metal

E não satisfeito, neste mesmo ano, lançou o primeiro de seus álbuns de heavy-metal, “Charlemagne: By The Sword and the Cross”, no qual contava de guitarra em punho a história de seu antepassado Carlos Magno. E que ganhou uma segunda parte em 2013 com “Charlemagne: The Omens of Death”.

Sobre esta vertente sua, o grande ator declarou a revista britânica Kerrang:

O metal é um estilo de vida. Eu sempre fui metal, apenas não sabia”.

E como cereja do bolo, se tornou o artista mais velho a figurar no TOP100 da parada de singles da Billboard ao atingir o 18º com a música “Jingle Hell”, uma paródia metal para o clássico “Jingel Bell”.

Então agora, toda vez que você assistir “Forrest Gump”, e pensar na improbidade que aquilo é, se lembre de Christopher Lee, que não apenas presenciou a história, mas a fez acontecer!




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os 10 Melhores Filmes de Arnold Schawarzenegger

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