quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

10 Canções Que Mereciam Filmes Melhores


Há filmes que definitivamente não merecem a trilha sonora que tem. Canções que vão parar em seu score musical na maioria das vezes em função dos contratos que os artistas assinam com suas gravadoras, nos quais geralmente há cláusulas nas quais previamente cedem os direitos de uma ou mais faixas para serem usadas em obras audiovisuais ou até mesmo em peças promocionais.
E ainda que alguns destes filmes possam não ser necessariamente ruins na concepção mais ortodoxa do termo, é obvio que estão muito aquém das canções que compõe suas trilhas sonoras.
Sendo assim, dos mesmos produtores de “10 Interpretações que Mereciam Filmes Melhores”, o Enquanto Isso na Ponte de Comando” orgulhosamente apresenta...
10 Canções que Mereciam Filmes Melhores!

10 – Seal - Kiss From a Rose (Batman Eternamente)






09 – Ramones - Pet Semetary (Cemitério Maldito)






08 – Evanescence  - Bring Me to Life (Demolidor)






07 – The Wallflowers - Heroes (Godzilla/1998)






06 – Samy Hagar - Winner Takes It All (Falcão - Campeão dos Campeões)






05 – Mike Reno - Chasing the Angels (Águia de Aço 2)






04 – Scorpions - Hit Between the Eyes (FreeJack - Os Imortais)






03 – Nightwish - Wish I Had an Angel (Alone in the Dark)







02 – Motorhead, Ice-T & Witfield Crane - Born to Raise Hell (Airheads)







01 – Aerosmith - I Don’t Wanna Miss a Thing (Armageddon)







quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Batman do Futuro


O que aconteceria se um dia Bruce Wayne percebesse que pelas limitações da idade não conseguiria ser mais o Batman?
Mas e se em seu caminho surgisse um possível sucessor com quase as mesmas motivações, mas de um espírito indomável?
E assim em 1999 chegava as telas de tevê a maior ousadia de Bruce W Timm, Paul Dini, Alan Burnett e companhia.
Surgia, Batman do Futuro!


Todos nós sabemos o quanto é complicado mexer com iconografias de personagens já estabelecidos por décadas. E não são raros os casos de ideias (na maioria das vezes realmente horríveis) que fracassaram.
Porém, com a moral lá em cima, de quem já havia emplacado duas séries de sucesso com os dois principais personagens da DC Comics, ninguém foi capaz de dizer “não” para o projeto que mostrava um Bruce Wayne mais arredio e recluso que nunca, que vivia quase como um ermitão numa deserta Mansão Wayne, tendo como única companhia o cão Ace.

Ace - O cão se torna o único amigo de Bruce.

Mas o que havia de tão diferente, além de sua premissa, que fez de Batman do Futuro (Batman Beyond no original) algo tão diferente?
A grosso modo penso em alguns fatores que foram bem determinates.
O primeiro, sua ambientação. Não que possíveis futuros fossem uma novidade nas animações estadunidenses, mas Batman do Futuro bebe direto da fonte das animações japonesas do fim dos anos 80, começo dos anos 90 sem o menor pudor. Aqui lógico não falo de design puro e simples, pois as linhas originais de Bruce Timm estão lá, mas conceitos como largas avenidas muitas vezes desertas a noite, e a arquitetura da cidade.


Depois temos a personalidade de seu protagonista. Pois Terry McGinnis no começo parecia ser a pessoas menos indicada para levar adiante o legado do “Morcego”. Um  brigão, à beira da delinquência, que vê sua vida mudar quando o pai é morto. Mas que desde o começo se mostra não ser aquele valentão típico que todos conhecemos, volte e meia “tomando na cabeça” por assim dizer por algumas de suas escolhas, fora os problemas com a namorada Dana após se tornar Batman, mas sempre mantendo um ferino bom humor.

Dana e Terry - Relação complicada pelo "fator Batman".

Aqui vou abrir um parêntese para uma consideração totalmente pessoal. Acredito que Terry McGinnis seja uma amalgama muito bem feito de Jason Todd o segundo Robin, e Peter Parker o Homem Aranha.
Fora isto temos a sábia decisão de não se ficar requentando vilões, criando toda uma nova galeria de adversários, ainda que as vezes fosse a clara a inspiração em vilões clássicos como Espantalho ou Cara de Barro.




E lógico, os encontros com outros personagens. Algo que costuma a trazer situações interessantes, como em Superman The Animated Series, mas que aqui foi extrapolado para um escopo bem maior. Pois não se limitou a participações especiais, mas criando verdadeiros crossovers.




Podemos citar aqui o ótimo crossover com Super Choque. A piada com a “Beyoncé” é simplesmente impagável.

ZETA - O robô série própria após surgir em Batman do Futuro

E não podemos esquecer de Projeto ZETA que foi uma série derivada de Batman do Futuro, mas que infelizmente ficou apenas com duas temporadas. Reza a lenda que seu criador, Robert Goodman teve que ceder espaço para o então novo projeto de Timm, a animação da Liga da Justiça.

Barbara Gordon agora era tinha a mesma função do pai.

Fora isto, não se pode deixar de citar como se deram e evoluíram as relações de Bruce Wayne, a medida que série vai se desenrolando, e Terry vai travando contato com outros personagens.
Assim ficamos sabendo, por exemplo, que Barbara Gordon, agora ocupando o cargo do pai como comissária de polícia, traiu Dick Grayson com Bruce, na época em que os dois namoravam.


Dick, que conta para Terry o que levou Bruce a se distanciar de tudo. Segundo seu relato, Alfred tinha sido sequestrado pelo Coringa, e durante o resgate, o vilão disparou várias vezes em direção de Batman, e alguns destes tiros ricochetearam, quase matando-o, sendo que uma destas balas acabou por atingir o olho direito do então Asa Noturna que ficou cego.
E falando no capeta, digo, o Coringa, este é o protagonista da maior extrapolação feita por Bruce Timm e sua turma.


Obvio que falo no longa-metragem “O Retorno do Coringa”, a ousadia dentro da ousadia.
Neles ficamos sabendo como se deu o ultimo embate entre o Batman e o Coringa, quando este sequestra Tim Drake,e por semanas o tortura das formas mais inimagináveis, não sem lógico ter um plano muito bem montado por trás disto.


Numa das mais terríveis interpretações do “Palhaço do Crime”, que tortura a bem da verdade um garoto por dias a fio, botando no chinelo sua versão que mata Jason Todd a golpes de pé de cabra das HQ’s.

Tim totalmente insano depois de dias de tortura mata o Coringa

Num longa que tem ainda a coragem de mostrar Tim Drake matando o Coringa, em cenas bem pouco comuns para animações norte-americanas, e que obviamente vieram a sofrer censuras posteriores.

Terry com Tim e Barbara.

Batman do Futuro terminou após 52 episódios e...
Espera aí! Não terminou não!
Em mais uma destas “lendas urbanas”, conta-se que a série teria uma episódio final, mas com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a finalização da saga de Terry McGinnis ficou em aberto.
Contudo, alguns anos depois, já na animação Liga da Justiça Sem Limites, somos brindados, ou melhor, abençoados, pelo maravilhoso episódio “Epílogo”.

Terry encara Bruce em busca da verdade sobre sua origem

Nele, quando Terry descobre que compartilha seu DNA com Bruce Wayne, invade a casa de uma bem idosa Amanda Waller, que lhe conta ser ele o resultado de um projeto da antiga líder do Esquadrão Suicida, que prevendo que Bruce não mais conseguiria ser o Batman por muito mais tempo, decidiu criar seu próprio Batman.

Uma cansada Amanda Waller conta para Terry toda verdade.

“Epílogo” é, e aqui afirmo e reafirmo, o ponto mais alto de todo assim chamado DC Timmverse. Uma verdadeira aula de roteirização, uma obra-prima de diálogos primorosos, que deveria ser matéria obrigatória em qualquer faculdade de cinema do mundo.
E que de quebra, nos presenteia com várias citações de discorrem sobre a trajetória de Bruce Wayne/Batman neste universo animado.


Referenciando desde o episódio “Cuidado com o Fantasma Cinzento” de Batman TAS, passando pelo icônico longa-metragem “A Máscara do Fantasma” e lembrando até de “O Retorno do Coringa”.
Fazendo de Batman do Futuro uma das melhores séries de animação feitas para tevê até hoje, explorando com habilidade rara todas as possibilidades existentes, ao mesmo tempo que descerrava outras tantas, tornando-se inclusive parte canônica do universo da DC Comics, e nos fazendo pensar nas outras possibilidades existentes em outras mídias.
Sempre e sempre apontando o futuro, apontado para o além.










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