sexta-feira, 18 de agosto de 2023

10 Personagens que Não Nasceram nos Quadrinhos

 

Muitos dos personagens que vemos nas páginas das HQ’s na verdade saíram de outras mídias, e só depois foram, digamos, acolhidos nos quadrinhos.

Nesta lista foram selecionados dez personagens que muitos juram terem sido criados nos quadrinhos, e outros que muitos nem sabem que passaram a ser canônicos nas HQ’s.

Ah sim! E já adianto que não vai ter Arlequina na lista pois todo mundo sabe que ela nasceu em Batman The Animated Series (risos).

Portanto, vamos lá!


10 – Garra Vermelha:

Levou mais de duas décadas, mas enfim a terrorista que nasceu em Batman TAS entrou para o cânone da DC Comics.



09 – Chloe Sullivan:

A aspirante a repórter vivida pela atriz Allison Mack no seriado Smallville, logo caiu no gosto do público, mas só foi levada para as HQ’s em 2010.



08 – Agente Phil Coulson:

Sua primeira aparição foi no primeiro filme dos Vingadores, e no mesmo ano ganhou sua passagem para os quadrinhos na saga Battle Scars.



07 – A Poderosa Ísis:

A estreia da personagem se deu no seriado do Shazam (Capitão Marvel ainda na época), ganhando seu próprio seriado no ano seguinte.


             Foi a primeira super-heroína da televisão, antes mesmo da Mulher Maravilha e da Mulher Biônica. E em pouco tempo já tinha revista própria que foi lançada até aqui no Brasil pela extinta Ebal.



06 – Toshio Eto, o Samurai:

Sim! Ele mesmo! O Samurai que nasceu na icônica série de animação dos Superamigos em 1977. E é outro que demorou um baita tempo para ir para os quadrinhos só o fazendo em 2011, no qual ganhou até uma origem no qual seus poderes haviam sido lhe conferidos pelos Novos Deuses.



05 – Barbara Gordon, a Batgirl:

Não, você não leu errado. Ainda que possa ter tido representações anteriores nos quadrinhos, a personagem apenas ganhou sua forma e alterego definitivos no seriado do Batman de 1966, personificada pela atriz Yvone Craig.

 

Ao ser enviada para os quadrinhos teve sua origem ligeiramente mudada, porém, após os eventos de “Crise nas Infinitas Terras” foi retomada sua origem primária como filha do Comissário Jim Gordon.



04 – X-23:

Criada por Craig Kyle para a série animada “X-Men Evolution”, foi tão bem recebida pelo público, que já no ano seguinte migrou para os quadrinhos.



03 – Andrea Beaumont, o Fantasma:

A personagem central daquele que é considerado por muitos até hoje o melhor longa-metragem do homem-morcego em 1993, só foi ganhar as páginas dos quadrinhos em 2020 pelas mãos do escritor Tom King.



02 – Conan da Ciméria:

A criação do escritor Robert Erwin Howard, nasceu originalmente nas páginas da publicação pulp Weird Tales em 1933.

Só surgindo nos quadrinhos por inciativa de Roy Thomas décadas depois.



01 – Renee Montoya:

Talvez você que está lendo, esteja estranhando que a policial de Gotham esteja aqui neste primeiro lugar. Correto?

Bem, há uma lenda que corre na web de que Renee Montoya, foi originalmente criada nos quadrinhos, mas isto está incorreto. A personagem foi criada por Bruce Timm, Paul Dini e Mitch Brian para aparecer em tese em apenas um episódio de “Batman The Animated Series”.


            Contudo, até hoje não se sabe muito bem como, alguém na editora DC Comics achou bacana a ideia da policial de origem latina. E como a indústria dos quadrinhos, logicamente, executa seus projetos de maneira bem mais ágil que a produção de uma série animada, sua estreia acabou se dando nas HQ’s, mesmo não tendo sido criada de fato para esta mídia.



 

 

sábado, 12 de agosto de 2023

Bio Booster Armor Guyver

 

Já fazia tempo que pensava em escrever este artigo sobre um dos melhores animes, do final dos anos 1980 e começo dos anos 1990, a era dourada da animação japonesa.

Contudo, a pauta aqui do blog sempre mudava em razão de algum outro tema. Mas agora diante da chegada aos cinemas do filme do Besouro Azul, personagem da DC Comics, e algumas opiniões sem noção que passaram a permear a web com referências estafúrdias, percebi que a hora tinha chegado.

Bio Booster Armor Guyver, ou apenas Guyver, surgiu em 1985 nas páginas da revista Monthly Shõnen Captain, escrito e ilustrado por Yoshiki Takaya.

Já no ano seguinte, Guyver ganhou sua primeira adaptação no OVA “Guyver – Out of Control”, mostrando um enredo levemente baseado no primeiro volume do mangá.

Mas foi apenas em 1989, em sua segunda versão fora de sua mídia original, que Guyver começou a ser de fato conhecido e reconhecido além do arquipélago nipônico.

Os Guyvers, três dispositivos simbióticos biomecânicos de possível procedência alienígena, estavam sendo usados por uma corporação chamada Cronos para criar uma classe de super-soldados mutantes (vou usar esta expressão na falta de melhor, já que o termo kaiju talvez não se aplique tão bem aqui).

Tais seres mutantes, alguns com características que lembravam animais, eram conhecidos como Zoanoides.

Só que uma das cobaias humanas da Cronos foge com as três unidades Guyver, sendo logicamente perseguido pelos soldados da Cronos, que o encontram numa floresta, onde ocorre um embate no qual após uma explosão, uma das unidades acaba voando longe e por fim se fundindo ao jovem Sho Fukamachi,o protagonista da trama.

Aluno do segundo ano do ensino médio do colégio Narisawa, órfão de mãe, apaixonado por Mizuki Segawa, irmã mais nova de seu melhor amigo, Tetsuro.

E que mesmo a contragosto, acaba se tornando a versão mais badass que um herói japonês já foi. Se vendo obrigado não apenas a conviver como hospedeiro do Guyver, mas precisando aprender como usá-lo.

Já que a Cronos, logicamente vem atrás dele e de seus amigos, e fazendo de tudo para recuperar o Guyver.

Mas e os outros dois Guyvers?

O segundo acaba sendo recuperado pela Cronos, e se funde a Oswald Lisker, um agente vaidoso, que assume a tarefa de recuperar a unidade que estava com Sho.

Enquanto que o terceiro Guyver acaba se fundindo a Agito Makisihima, um aluno do terceiro ano, do mesmo colégio de Sho, e que a grosso modo, conforme a trama avança podemos considerá-lo como o anti-herói da trama.

Ainda que repleto de clichês, ou talvez justamente por causa deles, Bio Booster Armor Guyver, como você deve ter percebido nos parágrafos acima, a princípio não seria para constituir algo surpreendente.

Entretanto, a forma como dispõe seus elementos ao longo de seus doze episódios, sempre procurando se pautar pela perspectiva de uma estória de terror, prende a atenção do espectador.

Ao mesmo tempo que vai jogando na cara (ao menos para os mais atentos) referências a outras obras de ficção nipônicas.

É impossível não lembrar por exemplo da arma de movimento de ondas da nave Andrômeda, em Patrulha Estelar 2 O Cometa Império, quando Sho/ Guyver I, abre o próprio peito da bio-armadura para disparar poderosas rajadas de energia.

Fora isto, não se pode deixar de ressaltar que ainda que possua, como é de praxe nas animações nipônicas de ação, suas doses de gore, tais cenas estão aqui em função da trama, e não vice-versa como em tantos outros animes por aí.

Inclusive tendo sido um pouco amenizadas em relação ao OVA de 1986, que possui até uma cena um tanto, digamos, “para maiores”, quando uma personagem feminina ativa uma das armaduras.

E a boa recepção a Guyver em terras de Tio Sam foi tão imediata, que de pronto, produtores espertinhos adquiriram os direitos para um live action, e em 1991 (eita rapidez!) chegava as telas “The Guyver”.

O filme até que tenta adaptar o enredo original, mas capota num amadorismo tremendo, em especial nas representações do Guyver, e principalmente dos Zoanoides, que são seres que chegam a três metros de altura, mas que aqui nem entrariam para um time estadunidense de basquete.

E não, não estou tecendo estes comentários por ser um filme B, feito a partir de um orçamento minúsculo de apenas 3 milhões de dólares, pois quando o filme cumpre com o que se propõe, mesmo que envolto em cenas fajutas, isto é o que de fato importa.

O problema é que aqui nitidamente quiseram transmutar um episódio de um seriado de tokusatsu esticado em 88 minutos em obra de ponta da ficção científica e a coisa não deu certo.

E se por acaso duvida disto, e nunca tenha encarado esta pérola, cheia das boas intenções, mas sem nenhuma noção, só digo que Mark Hamill, nosso eterno Luke Skywalker, está neste filme. O que talvez explique para onde tenha ido boa parte do orçamento do filme.

Mas calma, pois acredite ou não, o filme acabou ganhando uma sequência em 1994, chamada “Guyver The Dark Hero”, e que por incrível que pareça, é sim uma produção um pouco mais bem cuidada que o primeiro filme.

Ao menos aqui o diretor Steve Wang, que no primeiro filme era apenas codiretor, soube usar de perspectivas de câmera em algumas cenas que nos fazem crer que as criaturas que estão lutando têm uma estatura maior que uma pessoa mediana.

Fora que ter o próprio Yoshiki Takaya como roteirista ajudou bastante a criar a atmosfera de filme de terror tão presente na obra, e que foi sumariamente renegada no primeiro filme.

Mas a saga de nosso herói biomecânico simbionte não poderia terminar assim, e em 2005 chega “Guyver - Bio Booster Armor”.

Sim, você não leu errado, pegaram o nome original e trocaram as palavras de posição para este remake, que tinha como objetivo fazer uma adaptação mais fiel do mangá, assim como mais completa, já que a primeira série que terminou em 1992 só adaptava os quatro primeiros volumes da obra, enquanto este vai até o décimo volume.

Então, se você está atrás de um herói que não quer ser herói, mas precisa ser, servindo de hospedeiro para um ser estranho, e que ao se fundirem, tornam-se uma supermáquina de combate, Bio Booster Armor Guyver pode ser uma excelente escolha.



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