Oi gente!
Bem, hoje venho encerrar (pelo menos até este momento) com a saga da Patrulha Estelar (ou Yamato se preferem o original nipônico), então vamos lá!
Como sabemos, a saga da Patrulha Estelar tinha acabado lá no ano de 1983 com o longa-metragem “Final Yamato”. E assim como em seu destino na animação, este ficaria congelado por anos.
Mas também como no desenho, congelado não significa esquecido, e ao longo dos anos, de forma silenciosa, se espalhando pelas tevês do mundo, multiplicado pela onda do anime, passado de geração em geração, foi influenciando outros desenhos, séries e filmes ao redor do globo.
Sua forma de narrar sua estória como uma novela, se tornou o padrão para 99% das animações japonesas. O desenvolvimento da “ameaça da vez” e como isto impacta na vida e relacionamento dos protagonistas é algo que se vê de forma nítida até em obras feitas fora do arquipélago nipônico, como no anteriormente citado, Independence Day.
Os cavalos-robôs de Galaxy Rangers - Ideia inspirada no longa Final Yamato |
Isto fora outras coisas, como os “cavalos-robôs” de Final Yamato posteriormente empregados em Galaxy Rangers, ou na homenagem escancarada do primeiro episódio de Mega XLR.
Mas talvez a maior e ao mesmo tempo mais singela homenagem veio de um fã ilustre. Gene Rodemberry. Sim, ele mesmo. A mente criativa por trás de Star Trek-Jornada nas Estrelas.
Mas aí você que está lendo deve com certeza estar se questionando: Mas o próprio Yamato não sofreu influências diretas de Star Trek?
E eu te respondo: Sim!
E talvez isto seja oque torna a homenagem feita no episódio “Contágio” de Star Trek-New Generation, algo tão significativo, ao nomearem uma das naves da Federação de Yamato.
O Yamato de Star Trek- New Generation |
Ideia que reza a lenda, teria vindo mesmo do próprio Rodemberry , que ainda que não para a mídia estadunidense, era um fã declarado da saga de Wildstar, Deslock e companhia.
Mas como não é possível viver somente de lembranças, por melhores e mais importantes que sejam, e com o clamor popular que jamais sessou, assim que os entraves burocráticos e judiciais entre seus realizadores foram resolvidos, Yoshinobu Nishizaki revelou...
O Yamato iria voltar! E do jeito que todos os fãs sonhavam, ou seja, com a continuidade da saga e sua tripulação original, ou ao menos aqueles que sobreviveram.
E após mais de duas décadas, chegava ao mercado de vídeo o tão esperado “Yamato-Renascimento”.
No ano de 2020, 17 anos depois do evento de Aquarius onde a nave estelar Yamato foi destruída, Wildstar se refugia no seu trabalho de patrulheiro ficando afastado da terra e de sua família por três anos, enquanto isso um gigante buraco negro se aproxima da terra. E em três meses causará toda a destruição do sistema solar, Lola sua esposa assume o comando da primeira frota de imigração da Terra para um planeta com as mesmas condições de vida, só que a frota é totalmente dizimada causando a morte de mais de 300 milhões de pessoas, sendo Lola dada como desaparecida. Resta agora a missão de Wildstar a bordo do um Yamato restaurado e com uma nova tripulação, conduzir as tropas de imigração dos humanos para o novo planeta antes que o buraco negro destrua a Terra, enquanto tenta reestabelecer sua relação com a filha, Miyuki, e ainda enfrentar esse império desconhecido que quer impedir a imigração humana.
Porém, o retorno do Yamato estava apenas no começo, e eis que ainda no fim de 2009 é enfim feito o anúncio que os fãs aguardavam por décadas...
Patrulha Estelar enfim ganharia sua versão “live action”!
E em 1º de dezembro de 2010, Space Battleship Yamato (o título original mesmo no Japão) chegas as telas.
Orçado em torno de 24 milhões de dólares, uma soma bastante alta em se tratando do cinema nipônico, lucrou mais de 49 milhões, isto apenas em território japonês. Contudo, quando todos esperavam que aquilo fosse apenas o começo de uma saga (no mínimo uma trilogia), o filme acaba se fechando em torno de si.
Fora isto algumas outras mudanças, como a troca de sexo (sim você não leu errado) de alguns personagens, para tornar sua tripulação mais de acordo com os tempos atuais, e a forma como o grande antagonista da estória, Deslock, foi retratado (uma espécie de consciência coletiva dos Gamilons) ajudaram a desagradar boa parte dos admiradores mais ortodoxos da saga.
Oque não quer dizer que não haja coisas boas aí, afinal, não há como negar que Lola (Yuki Mori no original) pouco fazia na animação, e aqui ela é uma valente piloto de caça, isto sem falar no incrível upgrade que IQ9 (ou Analyser) sofre, se tornando fácil um dos robôs mais badass da história do cinema, algo que faria R2D2 morrer de inveja, e que só não é melhor, pois sua aparição em sua forma mais conhecida, ainda que devastadora (não, isto não foi um eufemismo) é muito breve.
E ainda como uma espécie de cereja do bolo, o filme ganhou uma canção escrita e interpretada por Steven Tyler, cantor do Aerosmith. Um detalhe que no começo achei que não daria certo, por não combinar com os acordes sinfônicos e clássicos da trilha do maestro Hiroshi Miyagawa, mas que no fim se mostrou bastante adequado para tema do romance entre Wildstar e Lola.
Infelizmente, contudo, sua estreia veio sob o impacto da morte de seu grande comandante, Yoshinobu Nishizaki que havia falecido menos de um mês antes, por afogamento, numa destas ironias do destino, justamente quando estava num navio de pesquisas chamado Yamato e sofreu uma queda do convés.
Yamato em batalha - Efeitos visuais de fazer inveja a Hollywood |
Mas se você acha que o legado seria deixado de lado, pode então se preparar, pois após um milhão e meio de fofocas e especulações de toda a natureza, agora se tornou oficial.
Patrulha Estelar ganhará sua versão “live action” produzida nos Estados Unidos. Algo que lógico já está fazendo muito fã ter náuseas (risos), mas que já foi confirmado por Shoji Nishizaki, (filho do finado Yoshinobu) que será o produtor executivo.
Já tendo Christopher McQuarrie (No Limite do Amanhã/ Missão Impossível 6) definido como seu diretor.
Óbvio que todo o projeto ainda se encontra extremamente no início e com sua possível data de lançamento só para 2019, é muito difícil se especular oque farão, por exemplo, com a questão dos nomes. Ainda que seja quase certo que o nome da nave, uma questão de honra para os japoneses, que deve ser mantido.
Se ele vai dar certo? Bem, eu espero que sim.
Claro ainda há a questão dos remakes que estão sendo produzidos no Japão recontando (ou ao menos tentando) a saga clássica sob novas perspectivas, mas isto prefiro deixar para uma próxima oportunidade.
Contudo, uma coisa é certa.
Não importa em que idioma, não importa em que mídia.
Ainda por muitos e muitos anos, o legado de Patrulha Estelar ecoará ao infinito, influenciando artistas das mais diferentes áreas e encantando a todos, da mesma forma que encantou um garoto brasileiro lá em meados dos anos 1980.
No jogo Starcraft tinha uma unidade denominada "Cruzador de Batalha". Essa unidade tinha duas habilidades especiais: Canhao Yamato e Salto de Dobra.
ResponderExcluir