Há
filmes que mesmo não sendo revolucionários, ou absolutamente icônicos, são
muitos bons. Mais que isto, pois dentro daquilo que cada um se propõe são perfeitos,
e de forma nenhuma precisariam ter uma continuação.
Mas
vai colocar isto na cabeça dos executivos dos estúdios. Lógico que isto não acontece,
pois se trata de uma indústria (milionária) e aí lá vêm as sequências cujo
maior mérito acaba sendo destruir com a magia que o primeiro filme criou...
Sendo
assim, lá vai: 10 Filmes Que Jamais Deveriam Ter Tido Uma Sequência.
10 –
Robocop: Ainda que o segundo filme sobre o tira ciborgue não seja algo tão
ruim, e tenha sido dirigido pelo competente Irvin Keshner (O Império Contra
Ataca), seu roteiro mais quebrado que arroz de terceira, tirado de um argumento
original escrito por Frank Miller com todos os seus toques de exagero,
quebraram com a visão crua e até mesmo heroica do clássico de 1987 dirigido
pelo holandês Paul Verhoven. E nem vou falar aqui do que foi feito depois.
09 –
Quanto Mais Idiota Melhor (Wayne’s Wolrd): Nascido como um quadro do humorístico
Saturday Night Live, esta comédia que satiriza várias das facetas e mitos sobre
o mundo do rock nem de longe realmente tem a ver com o título que ganhou no
Brasil. Com sacadas muito inteligentes que jamais se transformam em deboche
(algo muito comum em filmes que abordam o mesmo tema) chega ao ponto de ter
pequenos momentos de crítica (ou autocrítica), mas nada disso foi oque se viu
em sua sequência.
08 –
Poltergeist, O Fenômeno: O clássico do terror de 1982 dirigido por Tobe Hooper,
baseado numa ideia de Steven Spielberg (que reza a lenda teria terminado de
dirigir o filme após desentendimentos com Hooper), é por várias razões um caso raro
de um filme do gênero que se propõe, e consegue fazer um pouco mais que simplesmente
dar sustos em plateias incautas e que por sorte veio antes da onda do chamado “Terrir”.
O que veio depois... Bem vamos ficar com o clássico mesmo né?
07 –
Agarre-me Se Puderes: O filme protagonizado por Burt Reynolds e Sally Fields,
sobre um caminhoneiro conhecido por “Bandido” que aceita uma aposta de trazer
uma carga de cerveja do Texas até a Georgia em 28 horas, é um dos mais
divertidos e bem pensados casos de filmes protagonizados por anti-heróis que já
foram feitos, contudo, suas sequências foram cada uma pior que a outra, sem nem
um pingo da agilidade de roteiro do filme original e com um humor muitas vezes
extremamente forçado.
06 –
Velocidade Máxima: Um ex-policial psicopata especialista em explosivos coloca
uma bomba num ônibus que se diminuir a velocidade vai explodir. Uma ideia
aparentemente doida, mas que com um roteiro preciso e uma ótima inteiração de
todo seu elenco funcionou perfeitamente. Mas não é que resolveram fazer uma
sequência disto? E pior, a protagonista Sandra Bullock aceitou repetir seu
papel que no primeiro filme era muito bem escrito, mas que no segundo...
05 –
Comando Delta: Se você que está lendo este artigo acompanha o blog, já deve ter
lido o artigo que escrevi sobre este clássico do cinema de ação, e todos os
motivos que o tornaram um ponto fora da curva para os filmes do gênero,
fazendo-o uma obra atual mesmo mais de trinta anos depois de seu lançamento.
Mas aí estamos falando de Cannon Group, e a sequência foi mais que inevitável,
repetindo Chuck Norris no papel do agora coronel McCoy. Só que aí usando do
batido padrão da produtora de Menahen Golan e Yoran Globus, com um roteiro
qualquer nota, sem um elenco de apoio como o do primeiro filme e nem mesmo a
trilha sonora do mestre Alan Silvestri. Não
podia dar em boa coisa mesmo.
04 –
Águia de Aço: A história do jovem Doug Masters que com a ajuda de um piloto
veterano Chappy Sinclair (Louis Gosset Jr, excelente) criam um plano para
resgatar o pai de Doug, feito prisioneiro após ter seu avião abatido, é um
típico produto de sua época. Mas também um excelente exemplo que mesmo um filme
clichê, quando bem trabalhado e fazendo o público se importar com seus
personagens, pode marcar gerações, ainda mais quando vem acompanhado de uma
trilha sonora com nomes de peso do rock como Queen e Dio. Mas oque se vê em
suas sequências aos poucos são uma aula de como não se fazer aquilo que o
primeiro filme fez tão bem, ainda que o segundo tenha ainda uma razoável trilha
sonora, mas os demais nem isto.
03 –
A História Sem Fim: Esta maravilhosa fábula de 1984 abriu as portas de
Hollywood para o alemão Wolfgang Petersen e se tornou merecidamente cult (ao
contrário de outros filmes) por seu roteiro inteligente e até mesmo profético,
sem falar em seus cativantes personagens. Mas parece que os produtores
começaram a acreditar demais no título do filme, e aí a magia se quebrou.
02 –
Duro de Matar: Merecidamente considerado pela esmagadora maioria das pessoas
como o filme que mudou a história do cinema de ação, este clássico absoluto, dirigido por John McTiernan (Predador) se tornou
a influência direta para pelo menos uma dezena de outros filmes que procuraram
repetir sua fórmula. Contudo, apesar de todas as cópias existentes é lógico que
os executivos do estúdio não poderiam deixar de espremer John McClane até as
últimas gotas de sangue e suor, e é óbvio que nenhuma de suas sequências
conseguiu repetir suas altas doses de tensão, bom humor e encanto, que
contagiaram até mesmo aqueles que não são lá muito fãs do gênero.
01 –
Highlander: “Só pode haver um!”. Esta icônica frase que era dita cada vez que um
dos imortais que eram protagonistas do filme vencia uma luta na qual terminavam
cortando a cabeça do adversário para em seguida absorver seus poderes e conhecimento,
deveria ter sido levada bem a sério por seus produtores, que até ressuscitar o
personagem de Sean Conery fizeram para justificar um roteiro pra lá de louco
que jogou toda a magia e lirismo do original no lixo, transformando os
protagonistas em alienígenas. Não ouviram o próprio conselho, e deu no que deu.
Concordo 100% com vc..existem filmes que devem únicos.
ResponderExcluirSequências são pensadas 100% visando o lucro obtido na primeira, já começam dando errado por aí.
ResponderExcluirEu só discordo de Duro de Matar. Acho que até o 3° a franquia tinha fôlego, depois realmente se perdeu.
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