Esta
é mais uma daquelas listas para a qual tive que criar uma série de regras para
não me perder na hora de confeccioná-la. Portanto aqui, você só verá séries
feitas para tevê que foram transmitidas em rede aberta em nosso país.
Então
se você espera por um possível OVA, longa-metragem, ou até animação veiculada
por algum dos modernos serviços de streaming, nesta lista pelo menos, tais
produções não serão inclusas... Então vamos lá!
10 - Fantomas: Ôgon
Batto (Morcego Dourado) no original é um personagem cuja origem remonta da
década de 1930. E que em 1967 ganhou sua adaptação em animação. Sendo exibido
no Brasil entre 1973 a 1984. Acredito que o maior mérito deste personagem ainda
seja seu aspecto sinistro, fugindo por completo do arquétipo de “super-herói”
que nos acostumamos a ver.
09 – Pirata do Espaço:
Ainda que relegado ao segundo time das animações em seu país de origem, Groiser
X, no original, divide com Patrulha Estelar o coração de muita gente em Terra Brasilis, chegando aqui na
primeira leva de animes que a Rede Manchete transmitiu em rede nacional nos
anos 1980. Uma estória bem interessante, inspiradora de várias coisas que
vieram depois.
08 – Cavaleiros do Zodíaco:
O grande responsável pela onda dos animes que varreu o Brasil nos anos 1990.
Está aqui, sobretudo pela ótima primeira saga, pois após isto infelizmente se
perdeu no mais do mesmo e numa quantidade inacreditável de escolhas erradas
para satisfazer plateias ávidas por lutas e não por roteiro.
07 – Robotech/
Macross/ Guerra das Galáxias: Não estranhe estes vários nomes. Um dia talvez,
eu ainda escreva um artigo descrevendo a imensa bagunça que gerou isto vinda da
junção de três animações, quando estas migraram para terras estadunidenses. Mas
aqui o que interessa, e faz esta saga estar aqui, é sua “primeira parte” (The
Super Dimension Fortress Macross) que foi exibida nas tardes brasileiras. E
está aqui acima de tudo por seu ótimo trabalho técnico (bem detalhista) de seus
gráficos, mas que não posso colocar de forma alguma numa posição mais elevada
devido seus diálogos, que de tão ruins, nem nossa dublagem conseguiu dar jeito.
06 – Rei Arthur – Esta
versão em anime para a lenda de Arthur Pendragon, filho do assassinado Rei
Uther, que cresce sem saber que é o legítimo herdeiro do trono de Camelot, toma
diversas liberdades ao adaptar a estória original, como por exemplo passar
longe do triângulo amoroso entre Arthur, Lancelot e Guinevere. Mas isto não
quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário. Com trilha sonora de primeira,
que foi pega emprestada de “Conan o bárbaro” o filme. A animação chegou a ter uma
segunda fase, na qual Arthur sai pelo seu reino sem dizer quem é, fazendo justiça
numa mistura que poderia ser descrita como Zorro com Dom Quixote, mas que aqui
para nós, os brazucas, nunca chegou a ter seu final veiculado.
05 – Dom Drácula: Uma
verdadeira pérola de humor descarado. Criado pelo mestre Ozamu Tezuka, levou
alguns anos para ser transposto dos mangás. E infelizmente quando foi, teve uma
vida bem curta, pois devido problemas financeiros de seus investidores acabou
com apenas oito episódios produzidos, sendo que destes oito, apenas quatro
acabaram sendo veiculados na tevê japonesa. Mas graças à saudosa Rede Manchete
(mais uma vez ela), os brasileiros puderam assistir todos os oito episódios, de
uma série que dificilmente hoje seria veiculada, já que passa longe do que
atualmente é considerado “politicamente correto”.
04 – Zillion: Criada
para fazer algo que os norte-americanos dominavam como ninguém, que era
produzir animações para incrementar a venda de videogames e brinquedos, Zillion
surpreende pela ótima construção de seus personagens, num roteiro que numa
primeira olhada parece repetição de coisas já feitas, mas que se demonstra bem
mais ágil e interessante que a média. E a titulo de curiosidade, teve seu final
veiculado numa madrugada de domingo para segunda-feira, devido uma polêmica
gerada por uma cena onde um seio apareceu, e zelosos pais e responsáveis
bombardearam a Rede Globo exigindo a retirada da animação do ar. A emissora
para evitar problemas tirou o desenho da grade, mas possuía em contrato com a
Sega/Tec Toy, a obrigação de transmiti-lo até o fim.
Solução? A criação de uma sessão na citada madrugada, numa época que a emissora
ainda saía do ar no fim da noite quase todos os dias da semana.
03 – Speed Racer: O
grande desbravador das terras ocidentais para as animações nipônicas. O
primeiro anime a fazer sucesso em terras estadunidenses no mesmo nível das
produções locais. Uma lenda para o qual nem vou ficar aqui me estendendo
demais, pois que já dediquei toda uma matéria para ele aqui no blog.
02 – Yu Yu Hakusho: Quando
esta animação chegou a nossas terras, pensava comigo que seria apenas mais uma
bobagem de personagens gritões perdidos em lutas infinitas e vazias. Como
estava enganado... Apesar de um comecinho que considero meio lento, em pouco
tempo a estória começa a “tomar corpo”. Seus personagens se demostram todos
absurdamente bem construídos, e o processo de “escalada” é respeitado de
maneira exemplar. E como se isto tudo não bastasse, nós brasileiros fomos
abençoados com uma dublagem maravilhosamente épica, onde a equipe de dublagem
teve total liberdade para inserir expressões genuinamente nossas, fora as
canções que incrivelmente ganharam versões em português maravilhosas. Nunca uma
animação japonesa foi tão brasileira!
01 – Patrulha Estelar:
Nem vou ficar aqui me estendendo em comentários, pois se você acompanha o
“Enquanto Isso na Ponte de Comando”, sabe muito bem da minha profunda admiração
pela saga criada por Leiji Matsumoto e Yoshinobu Nishizaki, não apenas por um
prisma pessoal, mas por tudo que representa para a evolução da animação
mundial, e para a qual já escrevi alguns
artigos aqui, inclusive sendo feito por nós um vídeo para o canal do blog no Youtube. Um
clássico que a saudosíssima Rede Manchete nos deu a oportunidade de assistir,
ainda que tenha falhado em não perceber o potencial que tinha em mãos.