sábado, 29 de março de 2025

Os 10 Piores Filmes de Heróis

 

Aqui neste blog, assim como em nosso canal no Youtube, sempre priorizamos falar do que é bom, já que falar mal é muito fácil, e um caminho preguiçoso para ganhar atenção.

Contudo, tem momentos em que nós não podemos (nem devemos) nos omitir de criticar as coisas, para que alguns (ou diversos) erros não se repitam.

Então vamos lá, para os...

Os 10 Piores Filmes de Heróis!

 

10 – Vingadores Ultimato (2019)

Conhecem aquele ditado “Não prometeu nada e entregou tudo”?

Então... Aqui é justamente o contrário. Após o ótimo (quase excelente) “Guerra Infinita”, se esperava um desfecho dramático e glorioso para saga das joias do infinito. Mas o que se viu foi uma mistura banal de “De Volta Para O Futuro” com “Power Rangers”. Num hype que apenas é justificável por uma única cena.

 

09 – Shazam (2019)

A despeito da opinião pessoal deste escriba que a história de Billy Batson é sobretudo um drama, e deveria (ainda que com possíveis alívios cômicos) ser tratada desta forma.

É possível entender o tom mais light que quiseram colocar no filme. O que não dá para entender é a opção de fazerem o personagem título, mais bobo que seu alterego adolescente. Num filme que em momento algum prende espectador seja lá por qual viés.

 

08 – Besouro Azul (2023)

E por falar em tom correto, este aqui talvez seja o exemplo mais clássico de filme que seguiu o caminho errado. Como já citado aqui em artigo anterior, a ideia para esta nova versão do personagem da DC que originalmente surgiu nos quadrinhos da Charlton, foi o mangá e anime “Bio Booster Armor Guyver”.

Só que ao invés que seguir pelo tom de “filme de terror” do original japonês, preferiram usar de todos cacoetes possíveis, para que o filme fosse mais facilmente palatável pelo público médio.

 

07 – Supergirl (1984)

Se o filme clássico do Superman com Chistopher Reeve é divisor de águas e quebra de paradigma no cinema, nem de longe podemos falar o mesmo sobre a primeira representação em live action da prima de Kal El, que tentaram encaixar como se estivesse no mesmo universo.

E o fato de ser um caça-níqueis em nada tem a ver com isto, pois há muitos casos de caça-níqueis que tiveram ao menos um mínimo de preocupação com roteiro e de ter um "rosto próprio".

 

06 – Thor-Amor e Trovão (2022)

E por falar em caça-níqueis...

O maior desperdício de talentos da história do cinema!

Como se tem Christian Bale e Natalie Portman num filme e não criam algo pelo menos digno para estes dois talentos?

E olha que Bale bem que tentou em suas partes criar algo diferenciado. Talvez tivesse sido melhor fazer como em “Mestres do Universo” no qual Frank Langella escreveu quase todas as suas falas de seu incrível Esqueleto, mas duvido muito que a Disney iria deixar algo do tipo acontecer.

 

05 – Esquadrão Suicida (2016)

Quando anunciaram este filme confesso que achei que a ideia mais genial que o gênero de heróis (ou HQs) já tinha tido.

Afinal poderiam ser apresentados vários personagens que depois seriam (em tese) distribuídos nos filmes subsequentes da DC.

Para elencar todos seus problemas talvez fosse necessário um artigo inteiro, mas basicamente temos um roteiro mais quebrado que arroz de terceira, somado a uma necessidade estúpida de todo filme do gênero possuir uma ameaça cataclísmica. Fora o desperdício de Viola Davis (Amanda Waller) e Margot Robie (Harley Quinn) que foram feitas para seus papéis e mereciam coisa melhor.

Fora a direção de David Ayer, que a despeito de ter até filmes bons no currículo (na verdade talvez só um), tinha que parar de pensar que é o novo Sam Peckinpah.

 

04 – Elektra (2005)

Nunca concordei totalmente com as críticas feitas ao filme do Demolidor protagonizado por Ben Affleck, e um dos pontos dignos de nota ali foi a Elektra de Jennifer Garner, tanto que veio a repetir o papel recentemente em "Deadpool & Wolverine".

Aí, talvez por pensamentos como este, resolveram criar um spin off com a ninja, mas...

Um passeio de elevador seria mais emocionante.

 

03 – Aço (1997)

Uma das poucas coisas boas que vieram do evento de “A Morte do Superman” foi a criação de John Henry Irons, o Aço.

Eis que então, não sei quem, em 1997 teve a brilhante ideia de fazer um filme do personagem. E também não sei quem, teve a “genial” ideia de colocar o astro do basquete Shaquile O’Neil como o personagem título.

Num filme que fora o nome do protagonista, não há absolutamente nenhuma conexão com o personagem original, e que nem mesmo risadas é capaz de provocar (só vergonha mesmo).

Há título de mera curiosidade, o filme traz Annabeth Gish, a agente Monica Reyes de Arquivo X, como parceira de Irons. E teve (acredite se puder), o maestro Quincy Jones como um dos produtores.

 

02 – As Marvels (2023)

E por falar em vergonha...

Hummmm... Com tantas personagens bacanas na Marvel para se fazer um filme mais voltado para as meninas, foram criar esta que está entre as maiores bizarrices da história do cinema. Melhor eu nem continuar a comentar, senão não termino este artigo.

 

01 – Quarteto Fantástico (2015)

A prova que fã(nático) não deve ser ouvido.

Durante dez anos os ditos fãs conhecedores da matéria, ficaram falando mal do filme do Quarteto Fantástico de 2005, e aí vieram com esta nova, obscura, besta, pretenciosa, e completamente perdida versão. Num filme que ainda se pretendeu ter uma continuação, mas que obvio, não ocorreu.

Lógico que eu poderia escrever um artigo inteiro enumerando todos os erros deste filme, mas o melhor é que seja mesmo esquecido.

 

 

 

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Arquivo Dolph Lundgren

 

Segundo dizem os entendedores da matéria, o cinema de ação dos anos 80/90 teve seu time A, composto por Bruce Willis, Stallone, Schwarzenegger. E seu time B (as vezes C) composto por Chuck Norris, Van Damme e mais alguns outros.

Contudo, existe um ator, vindo da distante Suécia, que ao que parece, jamais se encaixou um nenhum dos dois grupos, se tornando cult, mesmo sem jamais ter feito parte do chamado “primeiro time”.

Portanto, chegou a hora deste humilde blog abrir seu arquivo, para tentarmos entender o fenômeno (sim, fenômeno), Dolph Lundgren.

Nascido em Estocolmo em 03 de novembro de 1957, Hans Lundgren (seu nome de batismo), parecia que poderia seguir qualquer carreira na vida, menos a que de fato acabou abraçando.

Como assim?

Bem, ainda jovem estudou e se formou em química pelo “Real Instituto de Tecnologia” de Estocolmo, fazendo seu mestrado pouco depois pela “Universidade de Sidney” (Austrália), o que o credenciou para uma bolsa de estudos para o famoso “MIT” de Massachusetts (Ohio - USA).

Lembrando que em meio a isto tudo, serviu na marinha sueca, onde foi campeão de boxe da corporação (sim, eu sei, o que você está pensando). Além de se tornar faixa-preta de terceiro dan de caratê kyokuyshin.

Contudo, ou talvez por isto tudo, resolveu tentar a sorte como ator, e em 1985, a coisa começou de fato a acontecer.

Primeiro com um mínimo papel em “007 Na Mira dos Assassinos”, o último filme da franquia com Roger Moore. Época em que namorava a atriz e cantora Grace Jones.

E sua presença, ainda que com um inglês monossilábico e lotado de sotaque, ou talvez justamente por causa disto, chamou a atenção de Sylvester Stallone, que estava procurando alguém que pudesse ser seu rival no quarto filme da franquia “Rocky”.

O papel de Ivan Drago, o lutador russo, moldado na tecnologia, catapultou o sueco para fama da noite para o dia. Pois ao contrário de Mr.T que fora escolhido como adversário no filme anterior, mas que vinha da WWE aonde era um lutador do “time dos bonzinhos” e depois de um personagem muito querido, o B.A. do seriado “Esquadrão Classe A”, Lundgren de fato parecia alguém que você não gostaria de discutir na fila do supermercado, vamos dizer assim.

Entretanto a falta de habilidade do gigante sueco em interpretar, somado aos seus talentos, acabaram provocando, digamos, pequenos contratempos nas filmagens. Pois logo de cara, Carl Weathers, nosso eterno Apollo Creed, foi reclamar com Stallone, que o sueco não media a força dos golpes.

E o que deveria deixar Sly irritado, serviu de alavanca para o momento mais bizarro (na falta de um adjetivo melhor vou usar este) da carreira do “garanhão italiano”. Pois, querendo dar mais veracidade as cenas, não é que Stallone teve a infeliz ideia de pedir que Lundgren batesse de verdade.

Resultado? Doplh quase matou Sylvester Stallone.

No momento da filmagem tudo pareceu estar, digamos, bem. Porém, mais tarde Sly começou a sentir fortes dores no peito, e teve de ser levado as pressas de avião do Canadá, onde se desenrolavam as filmagens, para a Califórnia, onde foi imediatamente internado numa UTI durante quatro dias. Pois o golpe desferido pelo sueco traumatizou o pericárdio de seu coração, que sofreu um inchaço.

Mas Stallone não apenas não ficou bravo, como brigou para que a cena ficasse no corte final do filme. Enquanto Lundgren após o susto disse que não sabia ao certo se teria sido apenas aquele golpe, já que em suas palavras “ficaram o dia todo trocando milhares de socos”.

Com seu caminho aberto “à socos”, vamos dizer assim, chegava o grande desafio de passar de coadjuvante para protagonista.

E lógico que o momento parecia o mais propício, já que era a época dourada dos filmes de ação, não necessariamente bons ou grandes produções, até porque naquela época em geral não se precisava de muito para cair nas graças do público.

E a grande oportunidade, digamos assim, surgiu em 1987.

Era “Mestres do Universo”, a primeira representação em live action, de He-Man e sua turma. Um filme que foi e é massacrado até os dias de hoje. Mas que acabou de maneira meio torta ganhando status de cult.

Creio que você que está lendo deve estar neste instante pensando, “será que ele vai defender essa tranqueira?”.

E a resposta é... sim!

Primeiro, porque é necessário saber e entender que os responsáveis por esta produção nada mais eram que os primos Menahem Golan e Yoram Globus, da lendária produtora Canon Group. A mesma que fez a alegria de muita gente com filmes de ninja fajutos de baixíssimo orçamento, mas que começou a escorregar no creme do abacate ao tentar fazer filmes de heróis, vide Superman IV.

Só que a despeito da fanbase preguiçosa, Mestres do Universo acerta em algumas soluções de roteiro para driblar o baixíssimo orçamento. Como mostrar uma Eternia já em guerra, para justificar a ausência de personagens como Gorpo ou Gato Guerreiro. E ainda que não seja citado no roteiro (tudo bem, até podia ser), fica meio que claro que aqueles personagens já tinham “ido de ralo” ao longo do conflito.

Só que com produção mega bagunçada, e as dificuldades de nosso viking preferido com o idioma bretão, que ainda não tinha fluência, tornaram a coisa toda o retrato do caos, que só não foi maior, porque, justiça seja feita, Frank Langella (o Zorro e Drácula preferidos deste blog), tomou as rédeas de seu personagem, e escreveu a maioria dos diálogos de seu inesquecível Esqueleto.

Mestre do Universo pode até ter ficado muito distante do esperado nas bilheterias, e também por seu público lógico, mas Dolph Lundgren havia conseguido a “vitrine de protagonista” que precisava.

E é a partir daqui que vou começar a elencar, aqueles filmes que na humilde opinião deste escriba, tornam Dolph Lundgren, talvez um caso único entre os astros de ação de sua época.

O Justiceiro (The Punisher – 1989) – Este creio que todos se lembram. Muito antes da onda de filmes de quadrinhos varrer os cinemas, o sueco foi a primeira encarnação de Frank Castle, o Justiceiro.

Num filme que muitos defende até hoje ser a melhor representação do personagem criado por Gerry Conway. E que de quebra tem o inesquecível Louis Gosset Jr como coadjuvante.

O Grande Anjo Negro (I’m Come in Peace ou Dark Angel – 1989) – Por mais de uma vez citado, tanto aqui no blog, como em nosso canal no Youtube, este filme é um exercício sensacional de criatividade.

Ainda que sua ideia primária, como já dito aqui, tenha vindo do episódio do vampiro espacial Vurdalak de Spectreman.

Massacre no Bairro Japonês (Showdown in Little Tokyo – 1991) – Pensa nesta mistura. Dolph Lundgren, Brandon Lee e Tia Carrere, num filme dirigido por Mark L. Lester, o diretor de “Comando Para Matar”.

Resultado? Mais um clássico do exagero, como cenas que parecem, assim como em “Comando Para Matar”, extraídas de uma HQ ou de um desenho animado, e com algumas piadas que dificilmente passariam pela censura atual.

Soldado Universal (Universal Soldier 1992) – Aqui a coisa ficou séria. Pois a despeito das limitações dramáticas que Lundgren pudesse ter, neste pequeno clássico, dirigido por Roland Emerich antes das invasões alienígenas, o sueco usa justamente do que seria seu ponto fraco a seu favor.

E sua interpretação como o frio e psicopata Sargento Andrew Scott é perfeita, fazendo qualquer um ter receio de encontra-lo num beco escuro (ou iluminado também).

Fuga Mortal (Joshua Tree ou Army of One – 1993) – Este aqui confesso sem o menor pudor, é meu filme preferido de Lundgren.

O roteiro com um ritmo vertiginoso, e a direção segura de Vic Armstrong, o maior dublê da história, garantem você ficar grudado na poltrona (ou sofá) enquanto Santee, personagem do sueco, vai atrás de Severance (George Segal), um policial corrupto que o traiu. Filme que com todo merecimento consta em nossa lista de “Melhores Filmes de Ação dos Anos 90”, que publicamos lá no canal no Youtube.

Jonny Mnemonic - O Ciborgue do Futuro (Jonny Mnemonic – 1995) – Ainda que não sendo o protagonista deste filme que foi estrelado por Keanu Reeves, foi a primeira vez, e isto me recordo bem, que uma atuação de Lundgren recebeu elogios, com seu padre Karl Honig (sim, padre) ciborgue assassino.

Um filme que ficou meio esquecido até na carreira de Reeves após o sucesso de Matrix, mas que merece ser redescoberto, principalmente pela atuação do sueco.

Atirador de Elite (Silent Trigger – 1996) – Dirigido por Russel Mulcahy (Highlander), este é mais um filme do sueco que está na nossa lista de “Melhores Filmes de Ação dos Anos 90”.

Hermético, com apenas quatro atores tendo falas, com certeza um dos filmes mais diferentes da carreira de Dolph.

E obviamente não poderia também deixar de mencionar aqui sua participação na franquia “Mercenários”.

Seu retorno como Ivan Drago em “Creed II”.

E seu Rei Nereus em “Aquaman” e “Aquaman 2”.

Aliás, três papéis que quando vejo, sempre me vem a mente algo engraçado. Mesmo quando Lundgren faz papel de vilão ou traidor (tirando Soldado Universal), no fim ele sempre “se dá bem”, conseguindo perdão de todos (risos).

Fora isto, tem em seu currículo algumas passagens pela tevê.

No telefilme Blackjack (lançado aqui nas locadoras da época) onde foi dirigido por John Woo.

Como Kostantin Kover no seriado "Arrow"

Além de participações nos seriados Chuck e Arqueiro (Arrow).

Ah sim! E ainda se fez presente com sua voz na franquia “Minions” sendo o personagem Svengança. Nada melhor que um sueco para fazer um viking, não é?

E o que poucos fazem ideia. Lundgren já dirigiu cerca de sete filmes: The Defender, The Mechanik, Diamond Dogs, Missionary Man, Command Performance, Ícarus e Skin Trade.

The Mechanik, um dos filmes dirigidos por Dolph

Acho que está bom, né? Não, acho que não.

Pois seja lá qual for seu astro de ação preferido, fique sabendo que é do sueco o recorde absoluto de “mortes” na carreira, totalizando 1.107 mortes confirmadas (risos).

Porém, em 2015, nosso herói iria entrar em combate contra seu mais terrível inimigo, o câncer.

Os primeiros cinco anos após o diagnóstico do tumor no rim, pareciam até animadores, já que sua condição sempre foi descrita pelos médicos como “sob controle”, após o tumor ter sido retirado numa cirurgia. Contudo, em 2020, as coisas pioraram, pois novos tumores foram encontrados, inclusive um no fígado.

E o diagnóstico não poderia ser pior. A condição de Lundgren era considerada terminal. Mas buscando a força de um verdadeiro lutador, Dolph não se deu por vencido, e decidiu partir para um tratamento novo, que fez os tumores regredirem 90% e com os demais já em vista de serem retirados por cirurgia.

E eis que em novembro de 2024, Lundgren em entrevista dá a notícia que todos aguardavam. Estava livre da doença!

Uma vitória que com certeza combina muito com sua história. Celebrada pouco dias antes deste artigo ser publicado, junto aos amigos, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger.

Uma vitória da persistência e do carisma (algo que se tem ou não, e que não é possível ser comprado).

E que mostra que a Suécia no cinema não é só Ingmar Bergman ou Anitta Ekberg (risos).






 

domingo, 19 de janeiro de 2025

Filmes Que Merecem Um Remake

 

Na maioria das vezes quando se pensa em fazer remakes de filmes, os estúdios e produtoras tem uma tendência em apostar suas fichas em filmes super famosos que em geral foram sucessos de bilheteria.

O problema é que este “caminho fácil” em geral resulta em filmes que nem com muito boa vontade chegam perto de seus “irmãos mais velhos”. O que não quer dizer que não exista diversas ótimas ideias para serem refilmadas, e que de repente só não alcançaram o status de sucesso por não ter um orçamento que melhorasse sua produção.



Sendo assim vamos através deste artigo listar alguns filmes que poderiam sim ganhar novas, e melhoradas versões.



O Grande Anjo Negro


A ideia inspirada no episódio de Spectreman do vampiro espacial Vurdalak, de um traficante alienígena cujo o produto que vende é uma substância retirada do cérebro humano, bem que poderia ganhar uma nova roupagem.

 

Talvez até com uma ponta de Dolph Ludgren.




Thunder Um Homem Chamado Trovão

Admita que por mais B, C, D, ou qualquer letra que você que está lendo possa querer rotular esta produção italiana para qual já foi feito todo um artigo aqui no blog, a premissa do índio que pega em armas para defender sua terra poderia sim, ser facilmente aplicado nos dias de hoje.




 Mercenários das Galáxias

A versão espacial de “Os Sete Samurais” que foi produzida por Roger Corman, e teve um jovem chamado James Cameron como design de produção. É um daqueles casos mais clássicos de filme B que virou cult. E um remake com o elenco certo e uma produção com uma pouco mais de recursos, fora os efeitos especiais mais modernos, poderia sim, jogar um pouco de ar fresco em cima de um gênero que pouco ofereceu de obras empolgantes nos últimos tempos.

 


Patrulha Estelar

Tudo bem, eu sei. Já foi feito aqui neste blog um fancast com um possível elenco para um filme estadunidense do Encouraçado Espacial Yamato. Assim como nós explicamos no canal do blog no Youtube, o porque da versão do diretor Christopher McQuarrie não ter ganho a luz do dia.

Até onde este escriba sabe, os direitos de uma versão live action da saga permanecem com um produtor estadunidense chamado Josh Kline, sendo assim creio que possibilidade ainda esteja em aberto, até porque o filme japonês de 2010 ficou muito a quem do que se esperava, a despeito de suas qualidades técnicas inegáveis. E que após seu diretor, Takashi Yamazaki, ser reconhecido por hollywood pelo seu trabalho em “Godzilla Minus One”, talvez esta fosse a hora perfeita para uma nova jornada a bordo do Yamato.

Inclusive pelos motivos que citei acima ao me referir sobre “Mercenários das Galáxias”.

 

Exoman

Este aqui fez parte a infância de muita gente, e infelizmente por causa da bestialidade das redes sociais, frequentemente é descrito como uma versão setentista do Homem de Ferro.

O telefilme, que deveria ser o “piloto” de um seriado, ainda que sim, possa ter lá seu grau de similitude com o personagem da Marvel, está muito longe do grau de suspensão de descrença das HQs de Tony Stark.

E a estória do professor que fica paraplégico após um assalto e a forma como cria uma armadura que não só o faz capaz de caminhar, mas o torna capaz de combater os criminosos, só precisava de um roteiro ligeiramente menos pueril para de fato presentear o mundo com um herói fora dos padrões e que inspirasse as pessoas.

 

Os Últimos Durões

Burt Lancaster e Kirk Douglas por anos a fio foram o retrato dos heróis durões que hollywood vendeu para o mundo.

E em 1986, já com a idade avançada, protagonizaram uma das mais interessantes comédias que já vi (vou rotular desta forma, ainda que o filme possa de fato ser bem mais que isto).

A estória de dois ladrões que tinham passado vários anos na cadeia após terem realizado o último assalto a um trem que se teve notícia nos Estados Unidos, e que ao serem soltos, tem não apenas de aprenderem sobre um mundo que desconhecem, como no qual devido a idade são frequentemente subestimados, poderia facilmente ser adaptado para os dias de hoje.

E caso você que está lendo possa estar pensando “neles” para os papéis principais, saiba que não é o único, pois sempre que penso num remake desta esquecida pérola oitentista, logo me vem à mente os nomes de Arnold Scharzenegger e Sylvester Stallone.

E talvez quem sabe, até Harrison Ford no papel que originalmente foi de Charles Durning.

 

 

 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Quando a música virtual se torna real!

 

Tem algumas coisas que passam do limite da compreensão.

Quando Damon Albarn, vocalista da banda Blur, se juntou em 1998 com o cartunista Jamie Hewllet e criaram a banda virtual Gorilaz, toda uma geração mais perdida que pacifista em reunião da NRA, abraçou aquela armação como se fosse a reinvenção da roda.

Provando que a memória do povo é mais curta que paciência de criança em casamento. Portanto, este artigo é para provar que este papo de “artista virtual” vem de muito tempo, mostrando alguns grandes artistas virtuais que já estavam entre nós bem antes. Então vamos lá!

 

Josie and the Pussycats:

            Josie and Pussycats (ou Josie e as Gatinhas), não foram a primeira banda de desenho animado a invadir as telas de tevê, mérito este que recai sobre outra criação dos estúdios Hanna-Barbera, os Impossíveis.


            Contudo, aqui as coisas escalaram um outro patamar, pois o sucesso das garotas e da música tema que abria a animação, fizeram a HB dar um passo além, e de fato criar a banda “Josie and the Pussycats”.

E da qual fazia parte inclusive Cheryl Moor, que depois que mudou o sobrenome para Ladd, e ficaria de vez famosa ao substituir Farah Fawcett no seriado “As Panteras”.

Chegando a lançar alguns singles, e até um álbum completo, mas que não alcançaram o sucesso esperado.

         Tendo décadas depois ganhado um filme live action, em roupagem digamos, mais moderna.

          A Hanna-Barbera, logicamente teria uma infinitude de outras bandas virtuais como "Os Netunos" de Tutubarão, "Butch Cassidy and Sundance Kid" da animação de mesmo nome, mas nenhuma tão marcante como Josie e suas amigas.

 

Lynn Minmay:

            Ainda que não tenha sido a primeira artista virtual, Minmay foi um verdadeiro marco na cultura pop nipônica.


            A personagem, que surgiu na franquia “Macross”, tinha a voz cantora e dubladora Mari Iijima, e foi a primeira artista virtual a de fato se dar bem junto ao maistream real. Abrindo caminho para um “filão” que os japoneses passaram a dominar como ninguém.

 

Priss and The Replicants:

Lynn Minmay pode até ter aberto as portas da música virtual das animações nipônicas, mas nenhuma série de animação soube explorar a música pop/rock tão bem quanto Bubblegum Crisis.

Tendo como uma das protagonistas Priss Asagiri, que era líder da banda Priss and the Replicants, e que era interpretada pela cantora e dubladora Kinuko Oomori.



 Jem and the Holograms:

            Com certeza se você cresceu entre as décadas de 1980 e 1990 deve se lembrar delas. Jem and the Holograms, a banda de meninas que reproduzia a estética glam da época.

A série foi uma criação conjunta da Hasbro, Sunbow e Marvel (o mesmo trio responsável pela animação clássica dos GI Joes). E mostrava as aventuras (pasmem) de Jerrica, a dona de uma gravadora, que era uma espécie de alterego de Jem, a cantora. Tudo no melhor estilo super-heroína.

Sua voz era dada pela musicista Samantha York, e os videoclipes da animação, por incrível que pareça, chegavam a passar na programação normal da MTV estadunidense na época.

Em 2015, assim como no caso de Josie and Pussycats, chegaram a fazer um filme live action, mas que fracassou e quase ninguém lembra que foi feito.

           

Steel Dragon:

            E para não dizer que não citei nada em live action, trago a banda Judas... Ops! Desculpe... (risos).

            Trago o Steel Dragon, a banda fictícia que foi criada após Rob Halford não dar autorização para usar seu nome no filme “Rockstar”, que ao menos pelo que reza a lenda urbana contaria a história de como um fã do Judas Priest, o cantor Tim Owens, se tornou membro da banda.

            Aqui além dos atores temos músicos de verdade na banda. Zakk Wilde (Ozzy Osbourne – guitarra), Jeff Pilson (Doken – baixo) e até Jason Boham (Black Country Communion – bateria).

            Sendo que os atores que fizeram os dois "cantores" da Steel Dragon ganharam as vozes ao estarem no palco de Jeff Scott Soto (Talisman) para o ator Jason Flemying, e Miljenko “Mike” Matijevic (Steelheart) para Mark Walhberg.


            Ah sim! E o filme ainda conta com uma ponta de um ainda desconhecido na época Myles Kennedy (Alter Bridge) que obviamente não precisou ser dublado (risos).

              O negócio é que aqui, apesar de se tratar de um live action e de uma banda fictícia, as músicas de Rockstar, compostas por um time do calibre do próprio Matijevic (We All Die Young), ou o icônico Sammy Hagar (Stand Up and Shout), passaram a ser executadas mundo a fora nas vozes que as executaram no filme, extrapolando a barreira da simples “trilha sonora”.

    Lógico que ainda existem por aí vários outros exemplos que poderia citar, mas creio que este foi um bom compilado de quando a música virtual invade o mundo real.

           

            Este artigo é dedicado a memória de Solange Torresi. Grande conhecedora de música. Testemunha ocular e auditiva do primeiro show do Queen no Brasil em 1981. Que com sua doçura e espírito irrequieto nunca se deixou parar no tempo. Iluminando este mundo e me honrando demais com sua amizade.



Os 10 Piores Filmes de Heróis

  Aqui neste blog, assim como em nosso canal no Youtube, sempre priorizamos falar do que é bom, já que falar mal é muito fácil, e um caminho...