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quarta-feira, 16 de junho de 2021

John Williams - O mago da música!

 

E no começo havia apenas...a música!

Não, eu não fiquei louco. E não, isto não é um exagero. Pois quando falamos das artes audiovisuais, e de seu começo seja em filmes com pessoas reais ou em animações, o que se tinha para acompanhar as películas daquela novidade incrível chamada cinema e suas imagens em movimento, nada mais era que música.

E se você que está lendo acompanha o blog, sabe o quanto cito esta característica de cada obra que resenho aqui, seja por canções ou temas instrumentais.

E neste segundo quesito, vários foram os compositores que se destacaram ao longo de mais de um século, mas nenhum marcou tanto a vida e as lembranças de tantos quanto, John Williams!

John Towner Willams, nasceu 08 de fevereiro de 1932 em Flushing (atual Queens) em Nova York. Filho de Ester e John Williams Sr., um percursionista de jazz.

Mudou-se com a família para Los Angeles em 1948, onde anos depois se graduou em composição no conservatório da famosa UCLA - a Universidade de Los Angeles.

Mas se engana você, se pensa que por estar ali ao lado de Hollywood, o jovem John foi logo criar trilhas para produções cinematográficas, pois em 1952, eis que a convocação para as forças armadas bateu em sua porta, e Williams por três anos serviu na Força Aérea, onde entre suas atribuições acabou dirigindo a banda da corporação, para a qual também fez alguns arranjos musicais.

Findada esta etapa, Williams retorna para Nova York, indo estudar piano clássico na “Julliard School” e trabalhando como pianista de jazz em vários clubes noturnos.

Mas sua escalada no show business começa de fato quando cruza novamente o país de volta para Los Angeles, onde teve sua primeira chance como músico de estúdio de Henry Mancini (sim, ele mesmo, o compositor do tema de A Pantera Cor de Rosa), além de trabalhar com outros compositores icônicos como Elmer Bernstein e Jerry Goldsmith.

Sendo que foi na década de 1960 que Williams e sua música começaram a decolar para voos solos, compondo para vários programas de tevê. Época que ainda assinava como “Johhny”, devido um ator de mesmo nome, e na qual estabeleceu sua primeira grande parceria com ninguém menos que o célebre produtor Irwin Allen, para o qual compôs os temas dos seriados “Terra de Gigantes”, “Túnel do Tempo” e “Perdidos no Espaço”, quase ao mesmo tempo que recebeu a primeira de suas 52 indicações ao Oscar pela trilha do filme “O Vale das Bonecas” (1967).

Irwin Allen brincando com John Williams

Mesmo assim tudo que tinha acontecido até então, pode ser considerado um mero ensaio, pois com o despontar dos anos 1970, é que nome de John Williams começa de fato a se destacar e ser conhecido e reconhecido pelo grande público.

Mantendo a parceria iniciada nos seriados de tevê, Irwin Allen chama novamente o amigo para compor as trilhas de “O Destino do Poseidon” (1972) e “Inferno na Torre” (1974) fora que de quebra ainda assinou a trilha de outro clássico do cinema catástrofe, “Terremoto”, no mesmo ano.

Porém, se você está pensando que isto já seria o suficiente, devo lhes contar que 1974 ainda traria para John Williams o começo da mais longeva e profícua parceria que o cinema teve, e é obvio que me refiro aqui a Steven Spielberg.

Williams e Spielberg - Parceria e amizade

Impressionado com que o compositor tinha feito, Steven contrata-o para compor a trilha de seu primeiro filme, “Louca Escapada”. 

Louca Escapada - O começo da parceria com Spielberg

E creio que nem é preciso citar, o quanto o diretor ficou satisfeito com o trabalho de Williams, e sem titubear chamou o maestro no ano seguinte para compor aquela que pessoalmente considero a trilha mais maravilhosamente angustiante da história, “Tubarão” (1975).


E não é nenhum exagero pensar que foi esta trilha e tema, que fizeram John Williams ser convidado por ninguém menos que Alfred Hitchcock para compor a trilha para “Trama Macabra” (1976). Reza uma lenda urbana que Williams não teria gostado muito do filme, mas que não podia de forma alguma recusar a chance de trabalhar com o “mestre do suspense”.

Williams fez a trilha de "Trama Macabra", último filme de Hitchcock

Mas calma, os anos 70 ainda estavam no meio, e em 1977 o maestro entraria de vez para subconsciente coletivo mundial (como se Tubarão não tivesse sido suficiente).

Pois é neste ano que John Williams assina os temas e trilhas de “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, mais um capítulo de sua parceria com Steven Spielberg, e a trilha para “Guerra nas Estrelas”.

E aqui eu preciso abrir alguns daqueles meus conhecidos parênteses que volte e meia abro.

O primeiro é sobre “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, pois o que pouca gente sabe é que este filme talvez tenha constituído o maior desafio da carreira do maestro. Já que para criar a pequena escala harmônica que no filme faz o contato entre humanos e alienígenas se tornar possível, Williams criou mais de cem (sim, 100!) variações, até chegar na que Spielberg aprovou como sendo a perfeita.

 Para outras pessoas, creio que isto findaria qualquer amizade (risos), mas no caso de Steven Spielberg e John Williams, as ligações de amizade que geram parcerias incríveis parecem um ponto em comum. O que nos leva ao segundo “parêntese”.

John Williams não foi a primeira escolha de George Lucas para "Guerra nas Estrelas"

Pois a despeito do que muitos possam pensar, George Lucas, o criador de “Star Wars”, não foi procurar o maestro para fazer a trilha de seu revolucionário filme naquele mesmo ano. Nos planos originais de Lucas, a ideia era usar em “Guerra nas Estrelas” peças clássicas já estabelecidas e de domínio público.

Já até imagino Darth Vader entrando ao som da 5ª Sinfonia de Bethoven...

E foi Spielberg que convenceu Lucas que o melhor para seu filme seria que John Williams fizesse toda a trilha sonora, incluso aí o tema principal.... Bem, e o resto nós já sabemos né.

E com o mundo boquiaberto diante do avassalador tema de “Guerra nas Estrelas” ficava até difícil de imaginar que o maestro por mais talentoso que fosse, pudesse mostrar algo tão incrível em tão pouco tempo... Mas não é que ele fez!

Estamos no ano de 1978, e depois de uma das produções mais conturbadas da história, Richard Donner dava os últimos retoques naquele que seria a pedra fundamental do cinema de super-heróis, “Superman - O Filme”. Contudo, ainda faltava um detalhe. Onde estava a trilha sonora?!

Richard Donner e John Williams

Tal empreitada deveria ter ficado a cargo de Jerry Goldsmith, que Donner havia escolhido por terem trabalhado juntos em “A Profecia”. Porém, nada de Goldsmith entregar nem um acorde sequer. Oque obrigou Donner aos quarenta e cinco do segundo tempo a arrumar um substituto.

Sinceramente, espero que tudo tenha ficado bem entre Goldsmtih e John Williams, mas pessoalmente fico pensando na cara de Jerry ao saber que tinha sido substituído por seu antigo comandado.

E aqui preciso deixar registrado uma consideração pessoal. Nunca! Nem antes e nem depois, um tema instrumental representou tão bem um personagem quanto o tema de John Williams para o “azulão”.

Uma peça de erudição tão esplêndida que facilmente poderia rivalizar com as maiores obras já criadas pelos assim chamados “compositores clássicos”.

Exagero? Não de forma alguma. Pois se há algo injusto e mesquinho, é quando surge um daqueles tipinhos abjetos de seres recalcados, que tentam diminuir a importância de obras como o tema de “Superman”, alegando coisas como “trabalho sob encomenda”, tentando deslegitimar a genialidade da obra em prol de uma visão que apenas serve para manter um bizarro status quo para meia dúzia teóricos de conservatório, mas que se esquecem que muitas das mais aclamadas obras eruditas clássicas foram na verdade também trabalhos feitos por encomenda, seja por monarcas, ou até mesmo pela igreja católica.

E se vocês ainda acham que isto que citei é exagero, cito aqui um caso no mínimo constrangedor. De 1980 até 1993, John Williams comandou a “Boston Pops Orchestra”, uma orquestra voltada justamente a popularizar a música erudita.

E durante um ensaio em 1984, enquanto Williams mostrava para o grupo uma composição inédita sua (sim, o maestro não compõe apenas para filmes, além de ter composições no jazz e até canções), percebeu que alguns membros da orquestra riam ao ler a partitura.

John então abandonou o ensaio abruptamente e logo depois apresentou sua renúncia, à princípio alegando conflito de agenda, mas depois admitiu que percebeu a falta de respeito de alguns membros do grupo. Mas diante das súplicas (não, não é exagero isto) da administração, retirou a renúncia e permaneceu no comando da orquestra por mais nove anos.

Mas independente das opiniões alheias, Williams atravessou a década de 1980 fazendo aquilo que já fazia de melhor, encantando e surpreendendo plateias de todo mundo, em geral mantendo a vencedora parceria com Steven Spielberg, como em “Caçadores da Arca Perdida”, “E.T.” e “Império do Sol”.

Aliás, de todos os filmes do diretor, apenas três não possuem a assinatura de Williams na trilha sonora, “A Cor Púrpura”, “Ponte de Espiões” e “Jogador Nº 1”.

E de certa forma, esta simbiose entre Spielberg e Williams se tornou tão forte na memória das plateias de todo mundo, que muita gente se esquece ou nem sabe que o maestro também é autor de trilhas de vários outros filmes ao longo das últimas décadas como “Esqueceram de Mim” e “Harry Potter e a Pedra Filosofal”.

A lista de prêmios de John Williams é, lógico, para lá de extensa.

Não que premiações possam necessariamente, como nós sabemos, serem sempre um atestado de qualidade, mas apenas para exemplificar, no “quesito” Oscar, John Williams é o artista que mais foi indicado com suas já citadas 52 vezes, e apenas Walt Disney tem mais indicações (59) só que como produtor. E é o terceiro maior vencedor da premiação com seis estatuetas, perdendo apenas para o mestre da maquiagem Rick Baker com sete e outro compositor, Alan Menken, com oito.

Em 2010, Williams foi condecorado pelo então presidente Barack Obama com a “Medalha Nacional das Artes”.

John Williams e condecorado por Barack Obama

Mas se você que está lendo, por um acaso, possa estar imaginando que tantas honrarias podem ter subido a cabeça do maestro, lembro da vez em que dois jovens fãs descobriram a casa de Williams. E resolveram arriscar, indo numa manhã ensolarada para frente da residência do maestro, onde executaram o tema principal de “Guerra nas Estrelas”.

E não é que ao fim da improvisada apresentação, John Williams surge com um imenso sorriso no rosto para cumprimentar seus jovens admiradores!

Casado desde 1956 com a atriz Barbara Ruick, teve três filhos, Jennifer, Mark Towner Williams e Joseph. Joseph que aliás se tornou vocalista da banda de AOR “Toto”.

E chegando agora ao final de mais este artigo, admito que fiquei pensativo sobre quais palavras usar para sintetizar a importância de John Williams para as artes. Talvez algo bem épico para combinar com a grandiosidade de sua vasta obra.

Mas prefiro encerrar contando uma passagem real.

Quando Steven Spielberg (sim, mais uma vez ele), estava terminando a pós-produção de “A Lista de Schindler”, chamou John Williams para assistir a película praticamente pronta.

Ao término da sessão, visivelmente emocionado, Williams se vira para Steven e diz que oque o diretor tinha criado era algo muito grandioso e forte, que não se sentia capaz de compor algo para o que tinha acabado de assistir, pedindo que procurasse alguém melhor e mais capaz.

No que então recebeu a seguinte resposta de Spielberg:

“Eu até procuraria, mas estão todos mortos”.




 

 

 

 

 

terça-feira, 1 de junho de 2021

Easter Eggs - A Fina Arte da Referência

 

Se formos fazer uma pesquisa rápida pela web sem o prévio conhecimento do idioma bretão, iremos descobrir que Easter Egg nada mais que nosso conhecido “Ovo De Pácoa”.

Mas da mesma forma que os ovinhos de chocolate que costumam trazer algo escondido em seu interior como brinde, os easter eggs da cultura pop trazem algumas surpresas ao referenciar outros personagens e obras dentro de uma determinada obra.

E em geral tais referências não passam de brincadeiras sem propósito ou até uma proposital “encheção” de linguiça que no fim das contas só servem para tirar o foco de obras deficitárias em boas estórias. Por isto ao decidir fazer este artigo precisei ser o mais criterioso possível, sendo assim aqui basicamente vocês irão ver dois tipos de casos: os easter eggs em que personagens de ficção permanecem sendo personagens de ficção em alguma obra, e aqueles em que teorias sobre a ligação entre obras aparentemente independentes foram formuladas.

No primeiro caso, vários destes easter eggs já citei aqui no blog em algumas oportunidades, como no caso do artigo sobre o Homem Aranha de Sam Raimi em que em determinado momento Peter Parker solta algumas frases oriundas de personagens da DC Comics.

Ou então a homenagem em sentido inverso, quando em Batman O Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan como que “sem querer”, adicionou um cartaz de “Homem Aranha 3” em um cinema, logo na cena de abertura.

Porém, alguns destes casos surpreendem, quando por exemplo, vemos a imagem de Panthro dos Thundercats surgir num telão durante o primeiro episódio do clássico anime Bubblegum Crisis.


Lógico que principalmente nos quadrinhos tais citações são razoavelmente comuns de ocorrer, ou eram até tempos atrás, mas fora de sua mídia original, principalmente se pensarmos nas duas principais editoras mundiais, a DC e a Marvel, é muito difícil vermos este tipo coisa nos dias de hoje.

Contudo, no último episódio de Liga da Justiça Sem Limites, Bruce Timm (sim, mais uma vez ele) e sua turma, resolveram fazer uma baita referência ao universo da Marvel, ao mostrar o rosto de Galactus (sim, o Devorador de Mundos), num paredão que simbolizava o começo dos tempos e do universo.

Seria então este o conceito do multiverso sendo aplicado de forma fluída, e não apenas como muleta de autores “meia-boca”, tendo o nosso conhecido Timmverse uma versão na Marvel?

E se vocês acham isto pouco, preciso lhes contar sobre o Timmverse antes do Timmverse.

Pois bem antes de colocar Galactus aparecendo em “Liga da Justiça Sem Limites”, Bruce Timm ou Paul Dini (vai se saber...) ainda nos anos 80 aprontaram das suas, quando num episódio de “He-Man e os Mestres do Universo”, numa cena onde havia uma cripta com vários tesouros, é possível ver no canto esquerdo uma estatueta de ninguém menos que John Blackstar!


E daí? Você pode estar se questionando...

Bem, e daí que por muito tempo se pensou no mais obvio, que as similitudes entre Blackstar e He-Man fossem apenas uma certa preguiça da produção deste último.

O Tackydril, espécie de dragão, estava presente nas duas séries, apenas com cores diferentes

Mas precisamos parar por um instante para pensarmos uma coisa. A absurda semelhança das estórias de John Blackstar e da rainha Malerna Glenn, a mãe de Adam. Dois astronautas da Terra, cujas naves saem do curso devido eventos no espaço, e vão parar em outro mundo de um aparente “universo diferente”.

Sendo que em ambas as animações, há episódios em que outros astronautas perdem o rumo e vão parar no mesmo lugar que os protagonistas. No caso de Blackstar, a noiva de John que também é astronauta, e em Mestres do Universo dois astronautas que carregavam um míssil que usariam para destruir um asteroide que ameaçava a Terra.

Algo que passou a suscitar a seguinte teoria:

Seria Sagar, o mundo onde Blackstar foi parar, na verdade uma espécie de antiguidade ou quase uma pré-história de Eternia? E que na verdade ambos seriam o mesmo planeta, mas em épocas diferentes?

E aqui entramos naquilo que alguns easter eggs proporcionam que é o exercício de especulações e a criação das mais diversas teorias.

Aqui mesmo no blog já cheguei a citar no artigo sobre “Comando Para Matar” sobre a possibilidade dos personagens de Arnold Schwarzenegger (John Matrix) e de Bruce Willis (John McClane) na franquia “Duro de Matar” coexistirem num mesmo universo, já que no segundo capítulo da franquia do policial de Nova York, o país do ditador interpretado por Franco Nero era o mesmo Val Verde do filme de Schwarzenegger.

Mas quando falamos de teorias sobre obras supostamente interligadas por meio de referências, nada é tão conhecido como “Universo Lucas & Spielberg”.

Teorias mais ou menos malucas criadas por fãs, mas que na maioria das vezes fazem de fato parecer que os dois diretores, amigos de longa data, sempre tiveram algum plano traçado em seus filmes.

Duvida?

Bem, para começar temos o caso da unidade R2 (de cabeça para baixo) presente na nave dos alienígenas em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”. Com o detalhe importante aqui de que “Contatos...” e “Guerra nas Estrelas - Uma Nova Esperança” são do mesmo ano e foram produzidos praticamente simultaneamente em 1977.


Tal detalhe, no entanto, só foi se fazer presente quando do relançamento de “Contatos...” em 1988.

Mas a coisa só estava começando, pois em 1981 em “Caçadores da Arca Perdida” enquanto nosso destemido (menos para cobras) Indiana Jones vasculhava uma tumba do antigo Egito, bem no cantinho em meio alguns hieróglifos e imagens de divindades lá estão estampados numa coluna os desenhos de C3PO e R2D2.

Se formos levar em consideração que dois anos depois em “O Retorno de Jedi”, C3PO foi cultuado como uma divindade pelos Ewoks, fica a pergunta: Será que só os Ewoks cultuaram o robô dourado ao terem contato com este?

Sempre lembrando que a saga de George Lucas, como é descrita ocorreu a muito tempo...

Mas calma, pois em 1982 ocorreu aquele que é considerado por muitos como evento mais importante desta suposta ligação entre os filmes dos dois diretores.

E é lógico que falo sobre “E.T. O Extraterrestre”, e a cena onde o alienígena mais querido do cinema, disfarçado de fantasminha, sai as ruas num fim de tarde de Dia das Bruxas, enlouquecendo ao ver um garoto vestido como o mestre Yoda.

E aí partimos para a mais louca convergência de teorias da cultura pop.

Para começar, temos a mais básica de todas, de que a raça do ET de Spielberg reconheceu a raça de Yoda. Só que as coisas não param por aí.


Pois você que está lendo, com certeza se lembra dos feitos inacreditáveis do personagem. Algo que durante algum tempo foi pensando ser inerente aos de sua raça. Mas nós não vimos nenhum outro de seu tipo fazer aquilo. O que originou a teoria de que nosso “baixinho” de pescoço telescópico pudesse ser um Cavaleiro Jedi.

Sim, eu sei. Parece loucura. Mas viajemos no tempo até o ano de 1999, chegando em “Guerra nas Estrelas - A Ameaça Fantasma”, o primeiro capítulo da trilogia prequel que se propôs a contar como Anakin Skywalker se tornou Darth Vader. E lá, em meio ao congresso na antiga república podemos ver três representantes do povo do E.T de Spielberg.

Mas isto não prova nada! Você que está lendo deve estar dizendo.

Pois é, só que em 2002 no filme seguinte, “O Ataque do Clones”, Palpatine conta ao já crescido Anakin que houve uma certa vez um Jedi que foi capaz de “enganar a morte”.

E em síntese, não foi exatamente isto que o E.T. de Spielberg fez lá em 1982?

Está certo que em 1984 em “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, Spielberg resolveu chutar o balde, colocando o nome de “Obi Wan” em um nightclub na cena inicial, mas só isto por si só nunca foi suficiente para desmantelar a teoria do universo compartilhado dos dois amigos, que caso um dia seja confirmado, vai deixar muito produtor a torcer os lábios de inveja.

Seja lá por quais motivos tais referências são inseridas em algumas obras, se por brincadeira, para desviar a atenção ou suscitar propositalmente teorias que promovem o marketing daquele produto, a verdade é que continuaremos convivendo com elas, rindo de algumas, considerando outras ridículas, e lógico, criando teorias malucas sobre outras.